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Orquestra Aragon

Dia 28 de Outubro no Grande Auditório da Culturgest (21:30h)

Fundada há cerca de 60 anos, a Orquestra Aragon já viajou por todo o mundo, tornando-se uma das mais procuradas charangas de Cuba. No início da década de 80, foi a primeira banda cubana a apresentar-se em Paris, actuando para públicos entusiastas no pico do boom latino-nova iorquino.

Combinando tradição com modernidade, a sua música abrange um vasto leque de ritmos que confirmam as fusões tão inovadoras desta orquestra, onde sons de jazz e ritmos brasileiros e espanhóis se combinam com o cha-cha-cha, dando origem ao swing-cha, samba-cha e ao cha-flamenco.

“Aragon, Aragon, si tu oyes un son sabroso, si tu escuchas un rico danzon, pon’le el cuno es Aragon” – É com estas palavras que começam, invariavelmente, todos os concertos desta popular banda, anunciando horas de dança e celebração.

Maestro, Violino e Canto Rafael Lay Bravo; Violinos Dagoberto Gonzalez Piedra, Lazaro Dagoberto Gonzalez, Celso Valdes;
Congas Guillermo Garcia; Guiro José Palma; Flauta Eduardo Rubio; Baixo Roberto EspinoZa; Piano Orlando Perez; Timbales Inocente Alvarez; Baqueta Cubana Armando Amezaga; Canto Ernesto Bacallao, Juan Carlos Villegas.
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60 anos de uma História à volta da Música Cubana

Fonte: Diário de Notícias - www.dn.pt

Foi no dia 30 de Setembro de 1939, na cidade de Cienfuegos, que Oscar Aragon Cantero, depois de ter terminado o seu trabalho, se reuniu com sete amigos para a apresentação pública da então chamada Rítmica de 39. Cordas, sopros, percussões e vozes amadoras juntavam-se pela primeira vez para animar as noites do movimentado porto marítimo das Caraíbas. Sessenta anos passados, a Rítmica de 39 - que pouco tempo depois mudou o seu nome para Orquesta Aragon - palmilha as sete partidas do mundo, levando a música tradicional cubana a quem a quiser ouvir. Esta noite, pelas 21 e 30, estará em Lisboa, no Grande Auditório da Culturgest.

Verdadeira instituição do son de Cuba e de ritmos afins, a orquestra de Oscar Aragon continua a manter o nome do seu fundador, mas a sua linhagem entronca, sobretudo, nas capacidades musicais e organizativas do violinista Rafael Lay, que se responsabilizou pelo conjunto a partir de 1948, profissionalizando-o, oferecendo-lhe prestígio e conferindo-lhe personalidade. Lay entrou para a orquestra com apenas 13 anos de idade e, sete anos depois, devido a uma infecção pulmonar de Oscar Aragon que o obrigou a afastar-se da música, tomou o seu lugar na direcção.

Então, o que era apenas um grupo de amigos que cantava por gosto e amor à música, transformou-se, rapidamente, numa das orquestras mais prestigiadas de Cuba. Com os anos 50 e o advento do cha cha cha, surgem as primeiras gravações, os contratos com editoras americanas, a estreia nas digressões internacionais. É a época de ouro da Orquesta Aragon, que acaba travada pela Revolução de 1959 e a subida de Fidel Castro ao poder.

Hoje, o actual director da orquestra, Rafael Lay Bravo, filho e herdeiro da função de Lay, que morreu num acidente de carro em 1982, com apenas 54 anos, fala desse período, que acabou por talhar o êxito do conjunto, sem amargura: "Com a revolução, há grupos e artistas que resolveram sair do país. A Aragon não. Aliás, na sua etapa cimeira, a Orquesta foi uma embaixatriz da cultura cubana no mundo." Ainda assim, reconhece que, "depois da Revolução, houve a tendência de tentar apagar tudo o que era anterior a esse processo. Inclusive a música."

"Mas com o tempo tudo acabou por ir ao seu sítio", acrescenta. "A música da Revolução era a música de antes da Revolução. A raiz da música cubana é apenas uma." E como o tempo tanto leva como traz, hoje a Orquesta Aragon volta a viver tempos de desafogo, e a sua presença, que durante as décadas de 70 e 80 se limitou a digressões por África e pelos países vizinhos da América Latina, é hoje bastante requerida na Europa. "Os europeus interessaram-se pela nossa música e isso foi importante, em todos os sentidos. O nosso campo de acção era o México, a Col“mbia, a Venezuela. Agora andamos há quase quatro anos em digressão pela Europa".

A razão deste novo apogeu sabe-se qual é: a invasão da música cubana tradicional que se sucedeu ao enorme êxito do projecto Buena Vista Social Club. Lay reconhece-o, e adianta que muitas das suas estrelas já trabalharam com a Orquesta. E se no palco da Culturgest elas não vão estar presentes, podemos contar com 13 músicos que procurarão alegrar a sala com os ritmos caribenhos. Se o espectáculo for tão bom quanto o álbum recentemente gravado para a Lusafrica, La Charanga Eterna, a noite vai valer a pena.

 

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