| 11º Festival
Intercéltico do Porto
Notas sobre os Grupos ParticipantesFique
aqui com alguma informação sobre os grupos que participam este ano no Intercéltico, bem
como algumas críticas a discos recentemente editados por alguns dos grupos. |
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| Ceolbeg
Ceol Beag" é a palavra em Gaélico que significa
"música de pequenas dimensões" - como é o caso dos Jigs e Reels escoceses, em
contraponto com as grandes composições para bandas de gaitas, as "Ceol Mor".
O Grupo Ceolbeg já existe há alguns anos, cuja essencia foi sempre procurar novas
abordagens musicais a partir das referências tradicionais escocesas. Uma das
características peculiares nos arranjos instrumentais dos Ceolbeg é a sobreposição
pouco usual da gaita escocesa com a flauta, na mesma tarefa de destacar a linha melódica
dos temas - isto associado ao ecletismo da secção rítmica, conseguido a partir da
guitarra, bouzouki, cítara, teclados e percussão. |
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| Kepa
Junkera
Kepa Junkera é considerado um icon na música Basca e um
grande inovador na trikitixa (concertina Basca), tendo atingido a notabilidade por se
tratar de um músico com características únicas. Sempre a perseguir novas abordagens na
música que faz, nunca perde as raízes tradicionais da música nem dos instrumentos. Com o seu último trabalho discográfico, Bilbao 00:00h, fará história
no seu sentido artístico e na visão alargada da música de raiz tradicional. Nestes dois
CDs, com 23 faixas, vai desde a música tradicional Basca, passando pelos blues, rock e
jazz, reunindo uma impressionante lista de músicos de vários pontos do mundo, desde a
Espanha, Irlanda, Suécia, Madagascar, América e Portugal (Dulce Pontes).
Há cerca de dois anos colaborou com o Júlio Pereira,
tendo daí resultado um trabalho discográfico composto pelos dois músicos combinando a
mestria e o virtuosismo de ambos, tendo também participado no disco Santiago dos
Chieftains. |
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| Muxicas
Certamente que este grupo de Vigo já atingiu
a maioridade na cena da música tradicional na vizinha Galiza, editando há poucos meses o
seu sétimo album, Naturalmente, a funcionar um pouco com um resumo da
sua carreira que já conta com mais de 20 anos.
Como sempre, este novo Muxicas aposta na utilização de instrumentos tradicionais e na
investigação e recolha de temas galegos, tendo neste caso contado com a ajuda de Pablo
Quintana, que empresta a voz no tema Era da Noghai e de Diego García - que
toca acordeão e piano - a acompanhar a actual formação do grupo (Manolo Vázquez, Liño
Figueroa, Xurxo Cabaleiro, Xosé Manuel Fernández, Emilio Pichel e Magoia Bodega), que se
mantém estável desde a saída da artesã de Gaitas Galegas, Maria Xosé Lopez.
A carreira deste grupo começou com Parolada, estavámos em pleno ano do
Mundial de Futebol em Espanha, lançando apenas quatro anos mais tarde o album
"Muxicas". Em 1988 editam "O demo Fungón", entrando na década de
noventa com Desafinaturum.
Eis então que surge uma das maiores referências dos Muxicas, o Escoitando medra-la
herba, mais intimista e elaborado, seguido de No colo do vento, o
último em que a Maria Xosé participa, seguindo-se então este Naturalmente.
Superstições à parte, os
Muxicas só editam discos em anos pares... |
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| Lúnasa
Lúnasa depressa se transformou numa
referência obrigatória nos circutos da música irlandesa, num meio onde a competição
é extraordinariamente elevada - onde todos jogam a partir do mesmo repertório
tradicional, sendo preciso adquirir o virtuosismo musical, e claro está, dar algo de
novo. Lúnasa é um exemplo disso, onde os músicos foram adquirindo a experiência
através da participação noutros projectos, mas o seu espírito aberto a novas
abordagens fez este grupo sair do anonimato.
O seu estilo chama pelo movimento, onde o ritmo do grupo desde logo apela a um pézinho de
dança, deixando de lado qualquer hipótese de ficar-se a ouvir
"desconfortavelmente" sentado... Não é de espantar que nos espectáculos, o
público primeiro experimente unicamente apreciar a música, até que dois ou três fãs
mais atrevidos saltam para cima das cadeiras e instala-se a folia.
Os arranjos têm influências do jazz, rock, country and world music, cujo lado atlético
é dado pelos excelentes Kevin Crawford (Flautas, Bordhran), sen Smith (violino) e Cillian
Vallely (uilleann pipes), mas alguma da maior profundade ritmica destes Lúnasa é obtida
atarvés do baixista Trevor Hutchinson (ex-Waterboys) e o guitarrista Donogh Hennessy
(ex-membro da Sharon Shannon Band). Veja também a
Crítica ao CD "Otherworld" |
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| Shantalla
Shantalla é um grupo residente em Bruxelas,
que toca peças escocesas e irlandesas e que foi ganhando reputação através dos
circuitos dos muitos festivais pela europa fora.
O som do grupo é próximo dos soberbos Dervish e de uma das grandes referências da
música Irlandesa, os Bothy Band. Essencialmente utilizam em maior destaque três
instrumentos: o Acordeão, o violino (fiddle) e uilleann pipes, (muito bem) acompanhados
por guitarra, bouzouki e bodhran.
Os arranjos oscilam entre descargas de (quase) toda a energia destes cinco músicos,
dexando igualmente espaço para momentos mais emotivos, dando lugar à exploração de
texturas sonoras e a um lamento "a capella" - um perfeito equilibrio entre
estados enérgicos e outros tantos de maior nostalgia e sensibilidade.
Veja também a
Crítica ao CD "Shatalla" |
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| Comvinha
Tradicional
O
projecto Comvinha Tradicional nasceu em Maio de 1994. O grupo
teve inúmeras formações, instrumentos diversos, várias vozes. Actualmente, com quatro
dos membros fundadores, apresentam vários espectáculos de música tradicional. O
propósito é divulgar e manter viva uma tradição musical rica e vasta; por isso,
desdobramo-nos em várias formações que servem ocasiões e ambientes diferentes.Os membros dos comvinha são uma
formação de instrumentistas e cantores que apresentam vários espectáculos de diversas
naturezas, tocando os seguintes instrumentos: Guitarra, Viola
Braguesa, Bandolim, Cavaquinho, Vozes, Gaita-de-Foles, Flautas, Concertina, Bombo, Caixa,
Bodhran, Adufes.
Recriam um baile,
fazem animação de rua, qual grupo de Zés-pereiras, tocam música instrumental de raiz
tradicional ou apresentam um espectáculo de arranjos vocais e instrumentais de algumas
das muitas canções do nosso cancioneiro.
Mais detalhes |
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| o Ó que Som Tem? + Companhia de Música Tocá Rufar
"o Ó que som tem?" faz a fusão
entre várias culturas, ritmos e texturas, tendo lançado em Portugal o verdadeiro gosto
pela percussão, dignificando-a como uma linguagem musical, elemento extraordinariamente
rico e muito presente na música popular portuguesa.
O nome surge de um jogo de sons que foi sugerido pelo pai de Rui Júnior, a propósito de
uma das brincadeiras que tinha quando este era pequenino. Um miúdo voltava-se para outro
e perguntava: O ó que som tem? O outro respondia: Ora de ó, ora de u.
Tal como define o próprio Rui Júnior: "Os africanos fazem a sua percussão, os
brasileiros fazem o samba, os homens do jazz fazem a sua mistura rítmica. E eu perguntava
a mim mesmo o que deveria fazer. Até que descobri a nossa terrinha, aquilo que está à
nossa volta." Mais detalhes |
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