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Janita Salomé

Biografias
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(Brasil)
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Quinta da Atalia - Amora, Seixal
Grupos e Músicos participantes na
25ª
Festa do Avante 2001
7, 8 e 9 de Setembro 2001

A Quinta da Atalaia vai ser palco de dezenas de espectáculos a preencher os dias e as noites do fim de semana alargado de 7, 8 e 9 de Setembro.  São ao todo três dias de Música, desporto, teatro e várias outras actividades.

6ª Feira, dia 7 de Setembro, às 22:30h, Palco 25 de Abril
Zeca Baleiro
(Brasil)
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O Brasil é mesmo assim: nunca pára de nos surpreender com fornadas ininterruptas de talento. Cada nova geração surge naturalmente, como se a articulação com a velha guarda fosse perfeita. Zeca Baleiro tem vindo, ao longo dos anos, a afinar cada vez mais as suas composições por um diapasão verdadeiramente estimulante.

Com uma carreira iniciada há 15 anos nos palcos de São Luís, Belo Horizonte e São Paulo, Zeca Baleiro começou a ter impacto no Brasil depois da participação no Acústico MTV da cantora Gal Costa. Baleiro chega até nós com dois discos de ouro no curriculum ("Por Onde Andará Stephen Fry?" e "Vô Imbolá"), uma nomeação para o Grammy da Música Latina do ano 2000 como o "Melhor Álbum Pop", e troféus como o de "Melhor Cantor" em 1999 da Associação Paulista dos Críticos de Arte e o Prémio Sharp em 1998 na categoria pop-rock (melhor música, melhor disco e revelação).

O primeiro CD atrás referenciado foi lançado em 1997 e revelou um compositor talentoso, com um vozeirão sensual, um humor refinado e uma poesia original a que se junta uma forma peculiar de tocar o violão. Carismático, o artista cativa as plateias e conquista público de todas as idades.

O segundo disco, "Vô Imbolá" consolidou o nome de Baleiro que resolveu bem o problema que lhe causava o enorme êxito do primeiro trabalho. Até a forma de o lançar no mercado ficou celebrizada: foi na sua cidade-natal, São Luís, através de um desfile, onde o próprio músico se integrou, de bicicletas decoradas a simbolizar o projecto de misturas musicais e culturais que Baleiro concretiza.

Para além dos projectos próprio, Baleiro envolveu-se também no espectáculo "Mãe Gentil" do coreógrafo Ivaldo Bertazzo, fez a produção de discos das cantoras Ceumar e Patrícia Amaral e participou na elaboração do Songbook de Chico Buarque e no Projecto Lusofonia de Martinho da Vila.

Acabado de lançar em Portugal está o terceiro disco de Baleiro, intitulado "Líricas" que mudou a sonoridade habitual do artista, que aqui abandona a valorização rítmica em favor da reflexão e da poesia.

Para este ano Zeca Baleiro prevê ainda realizar uma homenagem à escritora Hilda Hilst, produzindo um disco com poemas de Hilda musicados e que resulta da gravação de um espectáculo ao vivo que contou com as participações especiais de Sivuca, Elza Soares e Rita Ribeiro. Voltar ao Topo

6ª Feira, dia 7 de Setembro, às 20:00h, Palco 25 de Abril
Companyia Elèctrica Dharma (Catalunha)
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Esta "Companhia Eléctrica Dharma" que visita este ano a Festa do "Avante!" é proveniente da Catalunha e afirma-se como tendo o objectivo de fazer música que represente a sensibilidade e a mentalidade dos povos do Mediterrâneo.

Há já 26 anos que o fazem. Tudo começou em 1976 quando os fundadores do grupo, os irmãos Esteve, Joan e Josep quiseram ligar os instrumentos típicos do rock (bateria, baixo, guitarra eléctrica e sintetizadores)à tradição do folclore da Catalunha e dos povos do Mediterrâneo. Para isso juntaram a essa formação um saxofone cuja fnção é a de reproduzir o papel de um instrumento típico catalão, a "tenora".

Daí até cá já saíram nada mais, nada menos, que 18 discos: "Diumenge" (1975); "L'Oucomballa" (1976) em colaboração com a celebérrima companhia de teatro Els Comediants. "Tramuntana" (1977), "L'Angel de la dansa" (1978), "Ordinàries Aventures" (1979) e "L'Atlàntida" (1981) foi a sequência que se seguiu com este último disco a justificar um espectáculo em Barcelona no Festivals of La Mercè para uma audiência de 100 mil pessoas.

A seguir publicaram-se "Al Palau amb la Cobla Mediterrània" (1982), "Catalluna" (1983), "Força Dharma!, Deu anys de resistència" (1985), "No volem ser" (1986), "Homenatge a Esteve Fortuny" (1987) (Esteve, um dos fundadores, morrera depois de um concerto em 1986), "Fibres del cor" (1989), "Tifa head" (1991), "Que no es pedir aquest so" (1993), "20 anys de Companyia Elèctrica Dharma" (1994), "El ventre de la bèstia" (1996), "Racó de Món" (1998) e o seu último trabalho, "Sonada!" (2000) um CD que foi apresentado no grande festival Rock in Rio III em Janeiro deste ano.

Com esta carreira impressionante, a Companyia Elèctrica Dharma, que tenta definir o seu som como "qualquer coisa entre a música progressiva e a world music", cria obrigatoriamente grandes expectativas a todos os que gostam de conhecer outros sons da música popular. Voltar ao Topo

Domingo, dia 9 de Setembro, às 15:00h, Auditório 1º de Maio
Janita Salomé - Vozes do Sul (Portugal)
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Uma carreira construída em torno da promoção do cantar alentejano. Esta frase dirá tudo e nada adiantará para explicar o trabalho de Janita Salomé. Não se trata aqui da pura recriação da música popular do Alentejo, é antes a procura dos laços que unem essa tradição com a música tradicional árabe, projecto iniciado em 1983 com a edição do disco "A Cantar ao Sol" e continuado ao longo do tempo por "Lavrar em Teu Peito" (1985), e "Olho de Fogo" (1987). 

Depois de uma incursão pelo Fado de Coimbra - com "A Cantar à Lua" (1991) - Janita volta a cantar mais puramente alentejano ao formar com os irmãos Carlos e Vitorino, e ainda Filipa Pais, os Lua Extravagante que edita, em 1994, o disco "Raiano".

De alguma forma o projecto Lua Extravagante é agora continuado pelo mais recente investimento artístico de Janita Salomé. Trata-se de "Vozes do Sul", um agrupamento que já gravou um disco, com o mesmo nome, onde se ouvem as vozes do próprio Janita e dos grupos corais "As Camponesas de Castro Verde" da Casa do Povo de Serpa, "Os Camponeses de Pias", os Cantadores do Redondo (grupo fundado pelos irmãos Salomé), Bárbara Lagido, Catarina Salomé, Filipa Pais, Marta Salomé, Patrícia Salomé e Vitorino Salomé.

Nesse álbum fazem-se ainda algumas experiências de arranjos "insólitos" para este tipo de música, assinados por músicos de jazz como Tomás Pimentel, Mário Delgado e Carlos Bica. Voltar ao Topo

Sábado, dia 8 de Setembro, às 20:00h, Auditório 1º de Maio
Ana Firmino (Cabo-Verde)
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Esta é uma voz apadrinhada por Tito Paris. Isto já dirá muito sobre as qualidades de Ana Firmino, que editou o álbum de música cabo verdeana "Amor é Tão Sabe" (traduzível por "Amor é Tão Bom") com produção daquele músico e que conta com composições do próprio Tito Paris, Manuel d'Novas, Daniel Spencer Filho, Paulino Vieira, Ildo de Jesus ou Amândio Cabral, alguns dos nomes de referência da musica que se faz com origem em Cabo Verde.

Ana Firmirno tem uma voz já temperada pelo tempo e pela experiência: em 1980 foi convidada pelo Secretário de Turismo de Cabo Verde para inaugurar a Boite Pillon, no Hotel Praia-Mar na Ilha de Santiago. Começava aí um percurso mais sério na música, das ilhas que 27 anos antes a tinham visto nascer.

Meia dúzia de anos depois das primeiras actuações na Noite Pillon, Ana Firmino empresta a voz a dois temas do LP "Feiticeira di cor Morena" do grande e já falecido Travadinha. Em 1989 passa pelos Encontros Acarte da Gulbenkian e edita "Carta de nha Cretcheu", o seu álbum de estreia na Kolá Records.

Os anos seguintes são feitos de espectáculos, presença na televisão de Cabo Verde e passagem pelo cinema (é actriz em "O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo" de Francisco Manso e "Fintar o Destino" de Fernando Vendrel). Voltar ao Topo

Sábado, dia 8 de Setembro, às 21:00h, Auditório 1º de Maio
Pedro Jóia (Portugal)
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"Variações Sobre Carlos Paredes" é um espectáculo que, mais do que confirmar o virtuosismo do instrumentista de viola clássica, é um momento comovente de homenagem ao maior músico de guitarra portuguesa de todos os tempos. Se é impressionante ouvir as composições de Paredes tocadas em guitarra clássica com agilidade mágica - por exemplo, Movimento Perpétuo, tido como de execução quase impossível, tocado da maneira como o faz Pedro Jóia, até parece coisa fácil - o que ressalta mais é o carinho que está por detrás de tudo aquilo: expresso em, certamente, longas horas de estudo, de treino, de ensaio aturado.

O próprio Pedro Jóia, numa entrevista ao jornal "Publico" explicou que não foi fácil deslocar da guitarra portuguesa para a guitarra clássica os temas compostos por Carlos Paredes: "São transcrições para um instrumento tão diferente do meu que, como tal, não podiam ser feitas muito à letra, nota a nota. Algumas revelaram-se mesmo impossíveis, como "Mudar de Vida", pelo seu timbre e pela reverberação natural que a guitarra de Paredes possuía. Partindo deste pressuposto, peguei nesta matéria-prima, procurando ser-lhe o mais fiel possível em termos formais. Em termos de conteúdo, porém, era impossível fazer como Paredes...."

O espectáculo foi apresentado pela primeira vez no Centro Cultural de Belém, foi gravado e está editado em disco. No entanto, a relação especial que a Festa do "Avante!" tem com Carlos Paredes impunha que essa homenagem ao grande músico fosse aqui feita. E assim será, quanto mais não seja porque o público da Festa não o deixaria de o pedir a Pedro Jóia.

Mas o prato forte espectáculo de Pedro Jóia será outra coisa. Com ele estará a formação Ciganos de Ouro, um grupo de espectaculares guitarrista que tocam um flamenco evoluído e entusiasmante, bom para os ouvidos, espantoso - mais uma vez - no virtuosismo e, em certas alturas, a impelir, determinante, para a dança.

Mas o prato forte espectáculo de Pedro Jóia será outra coisa. Com ele estará a formação Ciganos de Ouro, um grupo de espectaculares guitarrista que tocam um flamenco evoluído e entusiasmante, bom para os ouvidos, espantoso - mais uma vez - no virtuosismo e, em certas alturas, a impelir, determinante, para a dança. Voltar ao Topo

6ª Feira, dia 7 de Setembro, às 18:30h, Palco 25 de Abril
Martinho da Vila (Brasil)
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Vai ser um momento único e que simboliza na perfeição o espírito da Festa do "Avante!". O facto é este: Martinho da Vila, um nome pouco menos que mítico da música popular brasileira, vai pela primeira vez dar expressão em Portugal ao projecto que anima há já alguns anos e que ele próprio designa por "Lusofonias". Trata-se do resultado prático de uma relação íntima que Martinho da Vila estabeleceu com Angola, país onde se desloca amiúdas vezes e de onde leva, para o Brasil, inúmeros músicos que promove e divulga na sua terra.

Na Festa do "Avante!", Martinho da Vila vai dar um espectáculo com o angolano Filipe Mukenga - homem com obra significativa e habitual colaborador de músicos brasileiros como Djavan e Flora Purim - e com os guineenses Tabanka Djaz - o primeiro grupo africano a ganhar em Portugal um disco de Platina - fazendo, com música, a ponte cultural entre três continentes.

A carreira de Martinho da Vila não se pode contar num artigo de poucas linhas de jornal. Começou em 1967 no 3.º Festival de Música da TV Record em São Paulo - um cadinho de onde partiram para a popularidade inúmeras estrelas da chamada MPB. De espírito militante, Martinho marcou o carácter da sua música com o tema "O Pequeno Burguês" onde relatava uma história real: um antigo colega de exército tinha-se formado advogado e foi duramente criticado pelos amigos, que o passaram a chamar de "burguesinho" por não ter convidado os colegas para a festa de formatura. Mas a verdade é que nem o próprio recém advogado foi à festa de formatura por não ter dinheiro para os gastos. Na época a canção impressionou e foi classificada como de contestação, embora não fosse essa a intenção inicial de Martinho.

Dos álbuns entretanto saídos da autoria deste músico destacava-se a sua particular habilidade em ludibriar a censura, que tinha uma lista de palavras proibidas que Martinho substituía por sinónimos menos comuns.

Passada essa época, Martinho da Vila aumentou o ritmo de edições, e geralmente gravava um disco por ano. Pelo meio colaborou praticamente com todos os nomes - letristas, poetas, compositores, músicos e cantores - relevantes da Música Popular Brasileira, ganhou um incontável número de prémios, vendeu milhões de discos. Agora vem a Portugal mostrar resultados da sua colaboração regular com músicos africanos de países de língua oficial portuguesa. Voltar ao Topo

Sábado, dia 8 de Setembro, às 18:00h, Auditório 1º de Maio
António Chainho com Marta Dias (Portugal)
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António Chainho, um guitarrista de fado que se tornou um nome de referência, convidou várias cantoras para participarem na gravação de um CD chamado "A Guitarra e Outras Mulheres". Entre elas estavam Ana Sofia Varela e Marta Dias. O guitarrista apadrinhou desta forma duas das mais promissoras das novas vozes do Fado e, na "Festa do Avante!" dará um espectáculo com esta última artista.

Antes de se dedicar a uma carreira quase exclusivamente a solo (desde 1992), Chainho correu mundo a acompanhar os grandes fadistas portugueses: de Amália a Marceneiro, de Carlos do Carmo a Hermínia Silva.

Nunca se esquivou a outras experiências: gravou com Rão Kyao, Carlos Caño, José Luís Alto, Maria Dollores Pradera, as brasileiras Gal Costa e Fafá de Belém e até com uma estrela da canção japonesa: Saky Kubota.

Depois de em 1996 ter editado com a Orquestra Filarmónica de Londres, sob a direcção de José Calvário, acaba por ver internacionalizado o seu trabalho a solo e é convidado a ter uma participação determinante no disco Red Hot+Lisbon, após o que garante a colaboração de produtores norte-americanos de renome para a gravação, em 1999, de "A Guitarra e Outras Mulheres". Voltar ao Topo

Sábado, dia 8 de Setembro, às 17:00h, Auditório 1º de Maio
Marisa Santos (Argentina)
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A Festa do "Avante!", ao longo dos seus 25 anos de história, deu sempre a conhecer músicas populares a que habitualmente o público português não tem acesso fácil ou cuja divulgação é mais restrita. Este ano vem até nós, da Argentina a cantora Marisa Santos, nascida em Buenos Aires no ano de 1970.

Filha de pai espanhol e mãe argentina, Marisa Santos cresceu num ambiente musical no qual pontificavam o flamenco, o tango e o folclore argentino. Desde muito nova Marisa mostrou uma clara vocação musical: aos doze anos começa a estudar guitarra e aos quinze já compõe as suas primeiras canções. Amplia a sua formação musical frequentando aulas particulares na Casa de Cultura Vicente Lopez, onde realiza as suas primeiras apresentações públicas. Aos 17 anos estuda com a professora de canto Isabel Blanco e, mais tarde, com outros professores.

Em 1993 e 1995 Marisa participa no Festival OTI da canção. Nesse período grava dois discos com temas do prestigiado cantautor argentino Fernando Porta. Em 1996 representa o seu país no Festival de Viña del Mar, no Chile.

Entretanto realizou digressões em Espanha em 1996 e 1997 e actualmente tem em preparação a gravação de mais um disco, de corte mais melódico, com cores latino-americanas. Marisa Santos tem um original registo em contralto, de profunda expressividade. Voltar ao Topo

6ª Feira, dia 7 de Setembro, às 23:00h, Auditório 1º de Maio
Ana Sofia Varela (Portugal)
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Ana Sofia Varela lançou há pouco tempo um primeiro CD, editado pela Valentim de Carvalho. A jovem, de 27 anos, nasceu em Lisboa mas cresceu no Alentejo, em Serpa, onde viveu até há quatro anos atrás. Foi com Amália que se verificou o seu primeiro contacto com o fado, primeiro como ouvinte, depois, aos 14 anos, a cantar temas da fadista em noites de fado em Serpa, realizadas na Casa do Povo local, ou em espectáculos em escolas e colectividades.

Com o tempo, o entusiasmo pela música foi-se sedimentando e Ana Sofia Varela começou a dar os passos em direcção à profissionalização: os espectáculos foram-se repetindo e aumentando de frequência e começaram as actuações em diversos bares da zona sul. As canções que Ana incluiu no seu repertório tinham por base fados de Amália Rodrigues e Nuno da Câmara Pereira, mas também "hits" de Rui Veloso, Vitorino e Resistência.

A participação num programa televisivo de descoberta de novos talentos - a "Selecção Nacional" da RTP - (onde foi cantora finalista) foi o passo decisivo para Ana Sofia Varela conseguir uma maior divulgação pública da sua voz. Seguiu-se uma Festival da Canção em 1995 e um apadrinhamento decisivo: Carlos Zel apresentou Ana Sofia ao conceituado guitarrista Mário Pacheco com quem a cantora passou a realizar espectáculos que passaram por digressões em Macau, Japão e Itália. Sofia Varela acabou mesmo por integrar o elenco fixo do Clube do Fado, gerido pelo guitarrista.

Outro apadrinhamento decisivo foi o de outro guitarrista de referência no mundo do Fado: António Chainho, que a convidou a participar no CD "A Guitarra e Outras Mulheres" a par de Marta Dias, Teresa Salgueiro, Filipa Pais. O disco motivou uma digressão europeia. A afirmação pública de Ana Sofia Varela foi aumentando com a multiplicação de espectáculos, ao lado de grandes fadistas como Argentina Santos, Maria da Nazaré, Alcindo de Carvalho e Camané.

Em 1999, depois de um participação num espectáculo em Nova Iorque organizado por João Braga, grava dois temas para o CD "Cem Anos de Fado" e integra-se no elenco do espectáculo "De Sol a Lua - Flamenco e Fado" que pisou palcos de Espanha, Alemanha, Suíça e Holanda. E já este ano a cantora participou em Lisboa no Festival das Músicas e dos Portos num espectáculo de homenagem a Linhares Barbosa. Voltar ao Topo

6ª Feira, dia 7 de Setembro, às 22:00h, Auditório 1º de Maio
Katia Guerreiro (Portugal)
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"Uma Vela por Amália" foi um espectáculo que a 8 de Outubro de 2000 assinalou o primeiro ano da morte da fadista. Dezoito cantores interpretaram uma longa e emocionante sequência de fados celebrizados por Amália Rodrigues. A certa altura João Braga, no papel de fadista-apresentador, anunciou Katia Guerreiro e avisou que qualquer elogio feito aquela voz ficaria além da realidade. Ela entrou, enfrentou a plateia e as câmaras da TVI e cantou: "Barco Negro" e "Amor de mel, amor de fel". Dois dias depois, o jornalista do "Público", Fernando Magalhães, na reportagem que escreveu para este jornal sobre essa noite, sintetizaria o que passou pela cabeça de muita gente: "um fantasma pairou no Coliseu".

Katia Guerreiro, uma médica-cantora que começou nos Açores, onde viveu grande parte da juventude, por cantar num rancho folclórico, é, assim, uma das melhores representantes de uma nova geração de cantores de fado que, talvez um pouco surpreendentemente, surgiram nos últimos anos. O musicólogo Rui Vieira Nery escreveria acerca disso, numa introdução ao primeiro disco desta cantora, intitulado Fado Maior e editado pela Ocarina, e que resume a modificação que se verificou a este nível dos anos 70/80 para agora:  "O sinal evidente de que o fado atravessa hoje um momento de extrema vitalidade está no facto de a última década ter visto aparecer uma nova geração de intérpretes de surpreendente qualidade, num espectro muito amplo de estilos e tendências estéticas.

Alguns optam pela procura da linguagem de fusão que parte do Fado, propriamente dito, para estabelecer um diálogo activo com outros géneros poético-musicais, acabando por conduzir a um produto híbrido que, independentemente dos seus méritos próprios, se pode já considerar ele mesmo um género autónomo, desligado do seu ponto de partida. Outros preferem assumir uma relação de continuidade com a tradição fadista de todo o século XX, marcando-a depois "por dentro", por assim dizer, através de um estilo interpretativo pessoal que acaba por ser, também ele, um factor de mudança. Voltar ao Topo

Domingo, dia 9 de Setembro, às 20:00h, Palco 25 de Abril
Ciganos de Ouro (Portugal)
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Os Ciganos de Ouro surgiram em 1994 por iniciativa dos irmãos José Pato e Sérgio Silva. Inicialmente este grupo actuava exclusivamente em eventos Culturais no seio da Comunidade Cigana portuguesa.

A partir de 1995 a formação alargou-se em consequência da colaboração iniciada com o guitarrista Pedro Jóia que assumiu a direcção musical do grupo. O passo seguinte foi a gravação do seu primeiro disco – “LA CASA” editado em 1996 pela Movieplay.

Os Ciganos de Ouro passaram então a divulgar o seu trabalho em Portugal, Espanha, França, Bélgica e Holanda, participando em Festivais internacionais de música cigana – Festivais de Música Cigana de Tilburg, de Ostende, Virgen de Los Remédios, de Ste Marie de La Mer, entre outros - ao mesmo tempo que conquistavam novas plateias fora desta comunidade, tendo realizado centenas de espectáculos desde então.

Os êxitos assim alcançados levaram-nos a uma evolução notória do seu trabalho e à gravação do seu actual CD – MAKTOUB – que revela novas linguagens, entre as quais a música do Magrebe. Neste trabalho aliam as suas origens iniciais – o Flamenco como matriz da música dos ciganos ibéricos – com melodias, harmonizações e instrumentos próprios da música árabe – o Alaúde, a Darbouka e Flauta. Voltar ao Topo

Sábado, dia 8 de Setembro, às 24:00h, Palco 25 de Abril
Tocá Rufar (Portugal)
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Já há muitos anos o percussionista Rui Júnior gravou o álbum "o Ó que som tem?" com base em instrumentos de percussão tradicionais portugueses. Ficou um documento para a história da música tradicional portuguesa e um disco impressionante, cheio de energia e vitalidade.

Ao longo dos anos subsequentes o músico tem-se empenhado, de várias formas, em valorizar esse tipo de instrumentos e uma delas é feita através deste projecto Tocá Rufar, uma formação que pode ir das dezenas aos milhares de músicos, pois é feita com base nos músicos (a maioria crianças provenientes de escolas do Seixal) que frequentam cursos organizados pelo Centro de Artes e Ideias Sonoras criado por Rui Júnior.

O Projecto Tocá Rufar celebra este ano o 5.º aniversário e para os 25 anos da Festa do "Avante!" vai trazer o espectáculo WOK onde a percussão e a melodia são exploradas por cerca de 100 músicos, num momento certamente entusiasmante. Voltar ao Topo

Sábado, dia 8 de Setembro, às 15:30h, Auditório 1º de Maio
Djamboonda (Portugal)
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Mas os momentos de grande animação e festa não se ficarão pelos instrumentos de percussão portuguesa. Rotinado em fazer dos seus espectáculos um grande evento está a formação Djamboonda, um grupo onde pontifica a percussão africana iniciado em 1992 e cujos espectáculos de maior impacto começaram em 1994. Daí para cá o Djamboonda não tem parado.

Em 1994 tocou nos seguintes locais: Festa da Liberdade; Agrobio; Lisboa, Capital Europeia da Cultura, Festival Internacional de Teatro de Almada; 1.º Encontro de Artistas de Rua de Coimbra; Carnaval de Almada.

No ano seguinte estiveram na Semana da Juventude do Barreiro, Semana da Juventude de Almada, Ritz Club, Queima das Fitas em Évora, Festa da Terra, encontro da Associação "Olho Vivo" e Festival de Teatro da Guarda.

Em 96 foram ao Carnaval de Ovar, Feira Alternativa de Évora, Festa da Terra, ARCIL, Encontro de Malabarismo de Madrid, Festas de Coimbra, Festas de Loures, e Festival Expressões de Rua em Évora.

E por aí fora, sendo que em 1998 passaram pela Expo, pelo Festival Mundial de Juventude, pelo Etnosur de Espanha, em 1999 estiveram com o Tocá Rufar nas Festas de Freamunde e o ano passado foram à Festa da Primavera do Centro Cultural de Belém, entre muitos outros espectáculos. Voltar ao Topo

 

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