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Taraf de Haidouks (Roménia)

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Biografias

Quinta 26 Julho
21h30 - (Portugal) Brigada Victor Jara Mais...
23h00 - (Bretanha) Bal Tribal
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Sexta 27 Julho
21h30 - (Espanha) Carmen Linares Mais...
23h00 - (Roménia) Taraf de Haiouks
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Sábado 28 Julho
21h00 - (Brasil) Andrea Marquee Mais...
22h15 - (EUA e A. Sul) D. Murray 'M'Bizo'
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23h30 - (Jamaica) Black Uhuru
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Sines
III Festival Músicas do Mundo de Sines

Sines, Castelo, de 26 a 28 de Julho de 2001

Sines vai receber a terceira edição do Festival Músicas do Mundo, entre os dias 26 e 28 de Julho de 2001. São várias as propostas musicais, que durante três dias vão animar o castelo daquela localidade, num festival que promete para ficar. 

Fique aqui com a descrição dos vários grupos e músicos participantes neste festival, com participações vindas de Portugal, da Bretanha, Espanha, Roménia, Brasil, Jamaica e uma combinação de músicos dos Estados Unidos da América de África do Sul.

O Festival Músicas do Mundo de Sines é uma organização da Câmara Municipal de Sines.

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Brigada Victor Jara (Portugal)

O ESTADO NOVO utilizou o folclore na sua propaganda nacionalista. O folclore oficial da pobreza contente, da simplicidade orgulhosa, da austeridade satisfeita. O folclore do "ideal português", camponês derreado nos campos, mas conformado e alegre nas rodas.
Com a iluminação do trabalho do etnomusicólogo Michel Giacometti e do compositor Fernando Lopes Graça e a explosão criativa provocada pela Revolução dos Cravos, nasceu um movimento de redescoberta da música tradicional portuguesa. Intensificou-se a recolha e a divulgação. Apostou-se na recriação. A Brigada Victor Jara esteve na vanguarda desse movimento.

Nascida nas jornadas de trabalho voluntário de 1975, participante das campanhas de dinamização cultural do MFA, a Brigada é um agrupamento revolucionário: no sentido ideológico (o que é evidente e assumido no próprio "patrono" escolhido: Victor Jara, o pedagogo e artista chileno morto pelo regime fascista de Pinochet) e no sentido estético. À fórmula "chulas & viras" utilizada por muitos grupos do género, a Brigada contrapôs o  interesse pelo "lado incómodo" da música tradicional portuguesa (o modalismo e a polirritmia, por exemplo) e por uma modernização criteriosa.

A Brigada acrescenta um ponto a cada conto que conta. Mas sempre com a preocupação de fidelidade à instrumentação popular. E sempre com a preocupação de escolher um repertório variado, em formatos (do
instrumental à canção e ao coral), em funções (dos cantos de trabalho aos cantos de romaria e aos cantos satíricos), e em origens geográficas (do Minho ao Alentejo, da Beira Baixa aos Açores). Toda a música tradicional portuguesa (especialmente de raiz rural) é coberta pela Brigada.

Em Sines, a BVJ vai dar um espectáculo cheio. À plenitude dos seus recursos junta o talento de outros grandes músicos: o cantor Manuel Freire, os Gaiteiros de Milidh (Galiza), o guitarrista António Pinto, o percussionista André Sousa Machado e o intérprete de metais Tomás Pimentel.

Ao longo dos seus 25 anos de actividade passaram pela Brigada Victor Jara cerca de meia centena de músicos. Da formação inicial não resta ninguém. No entanto, o rumo traçado em 1975 tem-se mantido sem desvio. Em defesa das raízes. Em defesa da coragem de não se deixar limitar por elas.

Músicos: Luís Garção, violas e cavaquinho | Manuel Rocha, violino e voz | Aurélio Malva, bandolim, viola, gaitas-de-foles e voz | Arnaldo Carvalho, percussões e voz | Rui Curto, acordeão e concertina | José Tovim,
viola baixo e voz | Ricardo Dias, teclados, flauta e gaita-de-foles e voz | Joaquim Manuel, bateria e percussões | Catarina Moura, voz | Manuel Freire, voz | António Pinto, guitarra | André Sousa Machado, percussões | Tomás Pimentel, metais | Gaiteiros de Milidh 
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Bal Tribal (França)

OS IRMÃOS Molard participaram, ao longo da sua carreira, nos mais interessantes projectos da música bretã dos últimos 30 anos. Em 2000, criaram o seu: Bal Tribal, o espectáculo onde as nações celtas se unem e descobrem na Bulgária uma parente insuspeita. Patrick, Dominique e Jacky Molard são um caso de talento de família. Talento que a própria natureza soube diversificar para que, complementando-se, os Molard gozassem mais a música: Patrick orientou-se para as gaita-de-foles, Dominique especializou-se em percussões e Jacky tornou-se um mestre das cordas, e em especial, do violino.

Patrick Molard é o líder natural do grupo. Apaixonou-se pela som da gaita-de-foles escocesa, quando, em meados dos anos 60, viu desfilar a banda da polícia de Edimburgo. Foi para a Escócia, aprendeu com o grandes mestres e voltou à Bretanha para participar no renascimento musical da região. Tornou-se músico profissional tocando com os melhores: Alan Stivell e Dan Ar Braz. Hoje é considerado um dos maiores intérpretes europeus de gaitas-de-foles.

Em Bal Tribal, os irmãos Molard levam adiante uma mestiçagem assumida. A tradição bretã convive com as outras grandes tradições celtas europeias: a música dos vales galegos, das Highlands escocesas, da pradaria
irlandesa. Unidas entre si, as tradições celtas não se fecham ao resto do mundo. É evidente o tom jazzístico imprimido nalguns temas. É surpreendente o casamento com a misteriosa voz búlgara de Kalinka Vulcheva.

As intervenções de Vulcheva, primeira solista dos coros da Radiotelevisão de Sófia e do projecto "Le Mystère des Voix Bulgares" durante anos, constituem para muitos os momentos mais impressivos dos espectáculos do Bal Tribal. Tecnicamente perfeita, harmonicamente única, a voz do "rouxinol de Dobroudja" flutua sem tracção nem sensação de colagem nas melodias etéreas dos irmãos Molard.

É a feiticeira de Leste no meio dos druidas celtas. Magia europeia em palco, que a mis-en-scène dramática do encenador Bernard Lotti ainda vem acentuar.

Músicos: Patrick Molard, gaitas-de-foles | Jacky Molard, violino | Dominique Molard, percussão | Kalinka Vulcheva, voz | Jacques Pellen, guitarra | Michel Aumont, clarinetes | Yves Berthou, bombarda | Ronan Pellen, violoncelo e sistra | Sylvaine Guichen, violino | Cécile Grénier, violino | Dominique Le Bozec, bateria | Hélène Labarrière, contrabaixo

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Carmen
Linares (Espanha)

EXISTE um quarto da alma em que só alguns cantaores conseguem entrar: "o quarto final e cheio de sangue", como lhe chamou Lorca, o duende, como lhe chamam os amantes do flamenco, o momento raro de êxtase interpretativo, próximo de uma ligação mística com Deus, que confere superioridade estética ao género andaluz. Carmen Linares, a maior cantora do flamenco actual, consegue entrar no quarto do duende.

Aos 50 anos, em plena maturidade criativa, Carmen é a grande figura do cante jondo (na tradução possível para o português, o "canto profundo") e um dos nomes mais prestigiados da música espanhola. Tecnicamente, não tem fraquezas: a tessitura da sua voz é notavelmente extensa e amparada por um sentido rítmico e uma afinação sem falhas. Em palco, é viva mas sóbria, emotiva mas sem teatralidade.

Nascida em Linares (Jaén, Andaluzia), em 1951, Carmen Pacheco Rodríguez é criada numa família de aficcionados pelo cante. Começa a cantar à porta da sua casa, acompanhada pela guitarra do pai. No início da adolescência,
estreia-se nos tablaos de Madrid, onde passa a primeira fase (anónima, mas produtiva) da sua carreira.

Nos palcos de Madrid, Carmen forma-se, cantando, nas "ciências" do flamenco. Aprende todos os cantes: das soleares às alegrías, dos tangos às seguiriyas, das peteneras às malagueñas. E torna-se "a mais enciclopédica
cantora desde La Niña de los Peines", capaz de interpretar uma enorme variedade de estilos sem perder unidade artística.

No disco "Antologia de la Mujer en el Cante" (1996), Carmen demonstra esse interesse pela história do flamenco, fonte primeira do seu repertório. Noutros discos, demonstra a capacidade de não se restringir à
tradição. Grava um álbum com cantos populares reunidos por Federico Garcia Lorca ("Canciones Populares Antiguas", 1994). Canta "Amor Brujo" e "La Vida Breve", de Manuel de Falla, obras clássicas que interpreta com
a cambiante flamenco que o próprio compositor preconizou. E actua, no Lincoln Center, com a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, merecendo o entusiasmo do público e crítica americanos.

É esta Carmen, versátil e autêntica, vivendo os anos mais belos da sua carreira, que Sines vai receber no Festival Músicas do Mundo: uma rainha espanhola num castelo português.

Músicos: Carmen Linares, voz | Paco Cortes, guitarra | Miguel Cortes, guitarra | Ana Maria Gonzalez, palmas e coro | Federico Baeza, palmas e coro | Carmen Ledesma, baile Voltar ao Topo

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Taraf de Haidouks (Roménia)

SE A EXPRESSÃO "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" for aplicável aos artistas, basta mencionar duas das "companhias" da Taraf de Haidouks para definir a sua qualidade: Yehudi Menuhin (o mais famoso, e para muitos o melhor, violinista do mundo) e Kronos Quartet (o mais famoso, e para muitos o melhor, conjunto de câmara do mundo). Ambos tocaram com ela em concerto.

Orquestra de casamentos, baptizados e funerais em Clejani, aldeia da Valáquia (Roménia), a Taraf de Haidouks entrou no circuito "world music" em 1991 e depressa conquistou o público e a crítica.

Capazes de executar autênticas proezas técnicas ao mesmo tempo que dançam, riem e brincam com a audiência, os músicos da Taraf representam a genialidade que a tradição enforma. Sempre com três gerações a trabalhar ao mesmo tempo, a orquestra tem uma constituição que está em permanente mudança, mas nunca sofre na qualidade.

As letras das canções, cantadas por magníficos roucos, falam de amor e de viagens. As melodias, algumas com estruturas que remontam à Idade Média, são tábua de permanente improvisação. As harmonias, definidas na luta travada entre flauta e violinos, vivem na linha do sublime que separa a dissonância da consonância. As acelerações rítmicas, marcadas pela cooperação sempre presente entre "cymbalums" e acordeões, permitem numa única canção chegar da melancolia ao frenesim.

A Taraf de Haidouks evoca no nome ("Orquestra dos Bandidos Justiceiros") os Robins dos Bosques que na Roménia medieval roubavam aos ricos para dar aos pobres. Descendentes longínquos de escravos vindos da Grécia e da Turquia, a vida glamourosa de estrelas "étnicas" dos membros da TH não esconde o passado de opressão e o presente de discriminação do seu povo. O amor que certos círculos ocidentais lhes dedicam não tem
correspondente no seu país natal, onde o facto de serem ciganos se sobrepõe a todos os outros atributos. Em Sines, o público vai receber a Taraf como se recebe os grandes músicos. Grandes músicos com raça.

Músicos: Neculae Neacsu, voz e violino | Ilie Iorga, voz e guitarra | Dumitru "Cacurica" Baicu, voz e "cymballum" | Paul "Posolan", voz e violino | Marin Manole, acordeão | Marius Manole, acordeão | Ionitsa Manole, acordeão | Cristinel Turturica, "cymbalums" | Viorel Vlad, contrabaixo | Constantin "Costica", voz e violino | Anghel "Caliu", violino | Gheorghe Falcaru, flauta Voltar ao Topo

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Dia 28 de Julho de 2001, Sábado, às 21h00
Andrea Marquee (Brasil)

OS CAMINHOS da música popular brasileira da segunda metade do século XX traçaram-se com "banquinho e violão". A música popular do início do século XXI acrescenta ao banquinho e ao violão um outro banquinho e um sintetizador, que é uma espécie de janela por onde o resto do mundo entra no continente musical do Brasil. Aos 26 anos, a paulista Andréia Aparecida Marques (Andrea Marquee para o mundo) é uma das figuras de vanguarda deste movimento de "globalização da MPB", onde samba e tropicalismo se misturam com acid-jazz e dança electrónica.

Com carreiras paralelas no teatro e no cinema, Andrea inicia-se profissionalmente na música cantando em clubes nocturnos com o grupo Heartbreakers, famoso pela conjugação de ritmos brasileiros com ritmos da América de expressão espanhola. Dessa experiência fica o lastro do trabalho com onze excelentes instrumentistas, o gosto pela salsa política de Ruben Blades e a ideia de manter a música brasileira o mais aberta possível ao mundo.

O ano passado, Andrea estreou-se a solo com o disco "Zumbi", um sucesso rápido nos charts de world music e já no currículo com o prémio para melhor clipe de animação (pelo tema "O que Aconteceu ao Nosso Amor") atribuído pela MTV-Brasil. Ligando composições suas a "clássicos modernos" de Caetano Veloso, Jorge Ben e Zeca Pagodinho, usando batidas urbanas internacionais, a cantora brasileira aposta numa música de conflitos, em que fusão não é pacificação.

Andrea Marquee e os (bons) artistas que no Brasil desenvolvem um projecto semelhante ao seu em nenhum momento podem ser vistos como escandalosos "estrangeirados". Afinal, continuam o que os tropicalistas fizeram nos anos 60 e 70, quando juntaram às várias músicas regionais do país a instrumentação, a energia e a qualidade de produção do rock n’ roll. E mantêm, sem concessões, o  nível da fabulosa tradição lírica da MPB.

Andrea é uma intuitiva com ideias definidas. Autodidacta em todos os domínios onde trabalha, se lhe perguntam qual o instrumento que gostaria de aprender a tocar, responde: o "sampler". Faz todo o sentido: a cantora da mestiçagem XXI a tocar o instrumento "típico" da aldeia global.

Músicos: Andrea Marquee, voz | Webster Santos, guitarra eléctrica | Luciano Curumim, bateria | Quincas Moreira, baixo eléctrico e sampler | Ricardo Garcia, percussão Voltar ao Topo

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Dia 28 de Julho de 2001, Sábado, às 22h15
David Murray "M’Bizo" (EUA e África do Sul)

O CONTRABAIXISTA sul-africano Johnny "M’Bizo" Dyani morreu em Berlim, em 1986, com 40 anos de idade. Desde os 20 anos até ao fim da vida, Dyani viveu na Europa, exilado do regime apartheid. Trabalhou na secção rítmica dos maiores improvisadores do mundo e foi crescendo como referência na luta dos seus compatriotas negros. Um dos artistas que teve o privilégio de trabalhar com Dyani foi David Murray, saxofonista tenor líder do World Saxophone Quartet, constituído por Murray, Olivier Lake, Hamiet Bluiett e Bruce Williams, e que nos anos 70 foi considerado o melhor quarteto de saxofonistas do mundo.

Impressionado com o exemplo de resistência de Dyani, David Murray escolheu a sua música, a música do seu país e a sua história de vida como pontos de partida para o espectáculo que escreveu para a "Carnavalcade" do Campeonato Mundial de Futebol de 1998, em França.

"The M’Bizo Suite", como foi designado o espectáculo e, mais tarde, o disco, toma por subtítulo a "Unidade Europa-África-Ásia". Bonitos sentimentos nem sempre resultam em boa arte, mas no caso da "M’Bizo Suite" não há um pingo de retórica, apenas música.

O World Saxophone Quartet e os seus convidados sul-africanos interiorizaram a noção de "unidade" ao ponto de conseguirem uma completa harmonia na performance. Jazz e música africana estão perfeitamente interligados. As litanias do quarteto vocal zulu misturam-se finamente com a vibração das percussões e as improvisações dos saxofones do quarteto.

Quando compôs a suite, David Murray disse que gostaria de capturar "o sentimento do exilado, que quer ver a sua mãe e a sua casa antes de morrer". Poder-se-ia pensar que o resultado seria uma música triste. Ora, não foi isso que aconteceu. A nostalgia foi completamente depurada ao que nela existe de tensão, esperança e ternura. Com efeito, "The M’Bizo Suite" resulta feliz, com os artistas e o público a dançar em conjunto.

Músicos: David Murray, sax tenor e clarinete baixo | Bruce Williams, saxello, clarinete, oboé e flauta | Oliver Lake, sax alto e flauta | Hamiet Bluiett, sax barítono e clarinete contralto | Pinise Saul, voz | Sipho
Bhebhe, voz | Sello Makhene, voz | Oitsebe Legwabe, voz | Lucky Ranku, guitarra | Mervyn Africa, piano | Herbie Tsoaell, baixo | Claude Kiavue, percussão | Louis Moholo, bateria
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Black Uhuru (Jamaica)


Imagem (C) de Martina Markwart

DEPOIS do desaparecimento de Bob Marley, os Black Uhuru ("Liberdade Negra") assumiram-se como o mais universal e bem sucedido projecto de reggae, o género nascido na pequena Jamaica que a partir da década de 60 se tornou um dos preferidos da música popular em todo o mundo. Fundados em 1974, em Kingston (capital da Jamaica), os Black Uhuru tiveram sucesso porque foram inteligentes na maneira como souberam estender as fronteiras do reggae, recorrendo sem complexos à energia do rock e explorando o novo mundo aberto pela entrada do computador na composição e interpretação.

Foi a consistência do projecto e a qualidade dos músicos que suportou as quase alucinantes mudanças de formação que a banda registou ao longo da carreira. Em 27 anos de Black Uhuru, só um músico acompanhou a história toda: Derrick "Duckie" Simpson, líder do trio
vocal da banda.

Duckie esteve presente em todos os momentos altos dos Black Uhuru: da edição de "Black Sounds of Freedom" (o primeiro disco "a sério" dos BU) à colocação de "Red" na lista dos 100 melhores álbuns da década de 70
elaborada pela revista Rolling Stone, e à atribuição do primeiro Grammy para um álbum reggae, em 1985, ao disco "Anthem".

O som marcadamente dub, entre o místico e o espacial, que os Black Uhuru apresentam hoje é da responsabilidade dos "Rhythm Twins", Sly Dunbar (baterista) e Robbie Shakespeare (baixista), pioneiros da entrada da
electrónica no reggae, membros da banda durante anos e agora a trabalhar com ela em colaboração próxima.

A dupla Sly & Robbie foi formada nos anos 70 e ao longo de três décadas tem trabalhado com alguns dos nomes mais importantes do reggae, do jazz e da pop mundial. Peter Tosh, Mick Jagger, Joe Cocker, Bob Dylan, Herbie Hancock, Grace Jones e, mais recentemente, Simply Red, estão entre os músicos que recorreram aos "gémeos do ritmo" na produção dos seus discos.

Em 1999, Sly & Robbie ganharam um Grammy pelo álbum "Friends". Mais uma boa prova da autonomia musical e da excelente forma que estes veteranos atravessam.

Músicos: Lowell "Sly" Dunbar, bateria | Robbie Shakespeare, baixo | Derrick "Duckie" Simpson, voz | O'Neil Beckford, voz | Carlene Ford, voz | Daryl Thompson, guitarra | Bersfort Brissett, teclados | Franklyn Waul,
teclados
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