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Lançamento Nacional
"Histórias de Viajantes" marca o regresso dos ódagaita aos discos, nesta altura através da apresentação pública de um EP com três temas. O disco completo, será para breve. Acompanhe aqui o lançamento oficial de "Histórias de Viajantes".
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Entrevista
ódagaita
Histórias de Viajantes
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Os ódagaita surgiram em 1996, nessa altura com a música e a palavra das tradições portuguesas na bagagem. Cinco anos depois, o grupo apresenta-se com um disco de temas originais - contados por quem acredita profundamente na música tradicional portuguesa.

É assim que surge o novo trabalho dos ódagaita. "Histórias de Viajantes" é um trabalho que levou algum tempo a ver a luz do dia, mas que marca um regresso, com um certo sabor a renascimento.

Os ódagaita sabem o que querem e buscam as variáveis da música do nosso país: na sua diversidade rítmica e melódica. É a partir dela que criam estas viagens, pelo imaginário português, em tons originais.

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At-Tambur.com - Este disco chama-se Histórias de Viajantes. Que viagens são estas? Quem são os vossos viajantes?

ÓDAGAITA - “Histórias de Viajantes”, fala-nos esssencialmente dos navegadores, dos marinheiros, dos descobrimentos, é sobretudo uma homenagem ao espírito aventureiro do povo Português e á sua constante luta pelos espaços e pela liberdade. Procuramos neste disco fazer referência aos nossos heróis, poetas, músicos, guerreiros que umas vezes foram bem sucedidos e outras nem por isso, mas foram eles e nós que construimos o Portugal em que hoje vivemos.

Os Ódagaita começaram por editar um disco à volta de temas tradicionais, com textos de poetas populares. Agora o grupo prefere trilhar um caminho só de originais... Porquê?

Ódagaita já passou por diversas fases, começou como um quarteto de entusiastas apaixonados pela música de raíz tradicional aos quais se foram juntando pessoas que partilhavam conosco esse gosto. Foram entrando músicos novos e novas ideias começaram a fluir. Criou-se entre nós uma enorme vontade de provar, a nós próprios, que também somos capazes de compôr e criar música dentro de uma linguagem onde a música de raiz tradicional continua a ser a nossa principal influência.

Na vossa apresentação falam na diversidade dos ritmos e das melodias portuguesas, e também de outras influências... Como é que isto tudo se conjuga neste vosso novo trabalho?

É dificil encontrar a solução certa para cada uma das músicas. O CD “Histórias de Viajantes” está a ser preparado há algum tempo, as músicas sofreram algumas alterações durante a preparação do disco, pelo facto de sermos exigentes com nós próprios. Temos consciência que temos excelentes influências bem perto de nós e de longa data: a sul os ritmos àrabes deixados pelos Mouros, e a norte as influências Celtas que os nossos vizinhos Galegos tão bem souberam preservar. Nós tentamos criar músicas com todas estas influências adicionando o facto de podermos fundir tudo isto com o nosso património cultural. Dizer que o “malhão” é um ritmo fácil, sem interesse e sem expressão, é fácil! Difícil é pegar nele e em todos estes ritmos e criar algo de novo. Vamos esperar pela opinião do público, de qualquer forma, será dentro desta linguagem que sairá um CD com 14 temas (11 originais e 3 versões com algumas surpresas) dentro de pouco tempo. Esperamos conseguir provocar a curiosidade de quem ouvir este CD- Promoção.

Acreditam, sobretudo, na música tradicional portuguesa. A música tradicional portuguesa não ficou algo fechada em preconceitos e censuras - a eterna luta entre aquilo que é "certo e errado", aquilo que se pode e não pode fazer?

Fazemos música tradicional portuguesa, porque de facto gostarmos muito da nossa música, das nossas raízes e de todas as influências que a nossa música sofreu ao longo dos séculos. O que está certo ou errado, cabe ao público decidir. O que é certo para uns poderá ser errado para outros, esta é uma questão que nunca vamos ver respondida. Fazemos música da forma que gostamos. Quando nos juntamos na sala de ensaio, e são muitas as vezes, a nossa principal preocupação é deixar fluir a nossa música naturalmente, só depois disso vêm os arranjos, a estética e os sons. Nós estamos conscientes que fazemos música para imensas minorias, mas alegra-nos visitar o vosso website (At-Tambur.com), e percebermos que não estamos sós, que há uma nova geração de músicos empenhados, tal como nós, em não deixar apagar a música de raíz tradicional e os instrumentos tradicionais.

Como é que caracterizariam o vosso público? Na vossa opinião as novas gerações andam a ouvir temas tradicionais portugueses?

O nosso público não tem idade, vai desde os mais jovens, aos menos jovens até ás crianças. O termo “Música Tradicional” não implica obrigatóriamente o Folclore ou a antiguidade, implica sim (na nossa modesta opinião) o reviver das tradições do nosso país através da música tocada pelos homens de hoje, (nós), utilizando os instrumentos tradicionais portugueses como o cavaquinho, a guitarra portuguesa, o bandolim, os tambores populares, aliados às novas tecnologias e às nossas influências musicais que são basicamente as mesmas de qualquer jovem da nossa idade. É um facto que o público jovem tem outras preferências, apesar de, por vezes, sermos surpreendidos com camadas muito jovens a assistir aos nossos espectáculos.

É curioso observar que em Portugal persiste um movimento fortíssimo à volta do Folclore e dos grupos etnográficos (ranchos folclóricos). Na vossa opinião, como é que a imagem destes grupos (com federações, regras, trajes) influenciam os públicos da vossa música?

Os Ranchos folclóricos são os portadores das tradições antigas, dos trages, das cantigas, das danças, e julgamos que sem eles a nossa cultura, à qual se tem dado tão pouca importância, estaria perdida. É de louvar a vontade das pessoas, na sua maioria jovens, que se recusam a esquecer a nossa identidade. Pela experiência que temos tido pela estrada fora, deduzimos que o público sabe destinguir exactamente o que gosta e o que não gosta de ouvir, por isso, pensamos que os públicos não se deixam influenciar, deixam-se embeber pela energia que é transmitida por quem representa esta ou aquela face da música tradicional.

Grande parte dos concertos nestas áreas são com "entrada livre", ou mesmo ao "ar livre". Se o público tivesse de pagar bilhete, havia público? Porquê?

Julgamos que sim. Se se paga bom dinheiro para ir ao futebol, para ver um conçerto num estádio, para ir á Discoteca, aos Bares, etc. E uma vez que toda a gente gosta de música, porque não gastar um dinheirinho para vêr música tradicional portuguesa? Neste aspecto deixamos aqui o convite a verem um espectáculo de ÓDAGAITA, pela energia que transmitimos em palco, e desta forma poderem julgar o trabalho que desenvolvemos.

Se quizessem redigir uma "carta aberta" para a música tradicional portuguesa, qual a acção mais importante a reivindicar?

Maiores apoios por parte das entidades que regem a cultura, como o Ministério da cultura, que se em vez de cultivar apenas os grandes eventos se lembrasse de ír, por exemplo, á Galiza vêr como o governo apoia e incentiva as gentes que gostam da “sua música”, e, curiosamente, da nossa. De uma forma geral, pensamos que os eventos que divulgam as músicas da nossa terra deveriam ser mais apoiados, mais divulgados. Se temos conhecimento de grupos de pessoas que tocam música tradicional ou de raíz tradicional, podemo devê-lo a um outro grupo de pessoas que passam grande parte do tempo a reunir informação (gratuita) na Internet. Falamos claro do “At-Tambur.com”.

Franceses, galegos, suecos, irlandeses exportam a sua música para todo o lado. A música portuguesa conhecida além fronteiras é quase exclusivamente o fado. O que é preciso fazer para que os outros grupos sejam ouvidos lá fora? Os ÓDAGAITA fazem desses planos?

É preciso que cada vez mais as Bandas portuguesas se preocupem em levar a sua música ao estrangeiro e mostrar ás pessoas que não só de Fado vive a música portuguesa, mas também se cantam outras músicas. Vamos este ano tocar a França algumas vezes, a Espanha, e no Canadá. Talvez nessas viagens consigamos mostrar que a Música em Portugal não é só o Fado.

Esta pergunta é sempre um pouco incómoda... mas, quais são as vossas principais referências musicais em Portugal?

Gostamos daqueles que tal como nós lutam para preservar a nossa herança musical. Podemos citar alguns nomes, tais como: José Afonso, Fausto, Vitorino, Né Ladeiras, Gaiteiros de Lisboa, João Afonso, Sérgio Godinho, Janita Salomé, tantos... e não deixamos de estar atentos a grupos da nova geração, tal como nós, como: Dazkarieh, Mandrágora, Comvinha Tradicional entre outros. Um abraço para todos eles.

Pensando no futuro: Que novas viagens estão projectadas para estes ÓDAGAITA?

Neste momento toda a concentração vai para a finalização do CD “Histórias de Viajantes” e para a preparação do novo espectáculo ao vivo. Depois disso, vamos começar a trabalhar no próximo CD, que ainda não tem nome nem alma, mas já temos algumas músicas para ele. Certo é que não vamos deixar passar tanto tempo sem voltar a gravar. A diferênça entre o primeiro e o segundo CD foi de cinco anos, o que é muito tempo, temos consciência disso. Como foi dito atrás vamos fazer alguns concertos no estrangeiro e tencionamos deixar uma imagem positiva da música tradiconal portuguesa, fora de portas. Voltar ao Topo

 

 

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