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Tan Dum

 

Lisboa
Tan Dun e o Orchestral Theatre
Os efeitos teatrais de uma orquestra ocidental

Fundção Caloust Gulbenkian, dia 25 de Maio de 2002, às 18:30h
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Orchestral Theatre é uma das criações mais representativas de Tan Dun, o compositor da banda sonora do filme de Ang Lee "O Tigre e o Dragão". Neste caso, esta obra multimédia explora a orquestra ocidental como ponto de partida para gerar situações teatrais.

Tan Dun foi distinguido em 2001 com o "Óscar" da Academia de Hollywood para a melhor banda sonora original do filme O Tigre e o Dragão, de Ang Lee - dirigirá a Orquestra Gulbenkian no próximo dia 25 de Maio às 18.30, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian.

Este concerto será preenchido com a apresentação integral do ciclo Orchestral Theatre, uma das criações mais representativas de Tan Dun. Trata-se de uma obra multimédia em que o compositor explora, com grande efeito espectacular, a orquestra ocidental como ponto de partida para gerar situações teatrais. Orchestral Theatre divide-se em quatro partes: Xun, Re, Red Forecast e The Gate.

Em Xun evidencia-se a riqueza da combinação tímbrica que pode resultar da junção de instrumentos tradicionais chineses e instrumentos ocidentais. Nela se utiliza como solista o xun, instrumento chinês de cerâmica em forma de pera e parecido com uma ocarina.

Re está concebido para uma orquestra dividida com dois maestros, voz de baixo solista e participação do público. O baixo simula o canto dos monges tibetanos e declama frases do filósofo chinês Lao Tse e do poeta Liou Zhong Yuan.

Red Forecast destina-se a soprano, video, fita magnética e orquestra. Nesta parte da obra assistimos à sobreposição de três diferentes materiais expressivos: música (que inclui gravações de noticiários em cinco línguas diferentes), imagens em vídeo e efeitos de luz. Dois temas assumem um papel relevante: o tempo e os anos 60. O tempo (metereológico) serve de metáfora para a História, imprevisível e inalterável mas também dinâmico e por vezes violento. Por outro lado, os anos 60 representam para Tan Dun o idealismo. O texto foi escrito pelo compositor usando recortes de boletins metereológicos de jornais. Na partitura combinam-se elementos de música clássica, rock, jazz, fragmentos de hinos e de melodias revolucionárias e ainda passagens de música fúnebre taoista.

Por sua vez, The Gate é uma peça de teatro musical em que Tan Dun põe em cena três mulheres que morreram por amor: Yu-Ji, a heroína de Adeus minha concubina (ópera chinesa do século XIX), Julieta do Romeu e Julieta de Shakespeare, e Koharu-san de Os suicídios de amor em Amijima de Chikamatsu (Japão, século XVIII). Estas três personagens são representadas, respectivamente por uma actriz da Ópera de Pequim, uma voz de soprano operático de tradição ocidental e uma marionete japonesa.

A presente actuação de Tan Dun em Lisboa integra-se no programa dos 26ºs. Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, dedicados ao tema "Oriente/Ocidente". Este espectáculo tem ainda a colaboração do maestro Steven Osgood, dos cantores Nancy Allen Lundy e Stephen Bryant, da actriz da Ópera de Pequim Song Yang, da manipuladora de marionetes Hua Hua Zhang, e do intérprete de xun Chen Tao.

Tan Dun, de nacionalidade chinesa e residente em Nova Iorque desde 1986, é um dos representantes máximos da conexão musical Oriente/Ocidente. Entre as suas obras mais célebres contam-se: a ópera Marco Polo, a Symphony 1997 (composta para a cerimónia da reintegração de Hong-Kong na China), Ghost Opera (dedicada ao Kromos Quartet), e 2000 Today: a World Symphony for the Millenium, (transmitida em 1 de Janeiro de 2000 por 55 canais de televisão dos cinco continentes). Tem composto música para filmes, capítulo em que se destaca a banda sonora de O Tigre e o Dragão ("Crouching Tiger, Hidden Dragon") distinguida com um Óscar da Academia de Hollywood em 2001.  Voltar ao Topo

 

 

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