Funchal
Raizes do Atlântico
Porto de fusão no
Funchal
Funchal, de 20 a
26 de Julho de 2003
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. . . . . .Os
Escoceses MacUmba, os Espanhois L'Ham de Foc e a Cabo-verdiana Cesária Évora irão
partilhar com vários grupos da Madeira o palco da edição deste ano do Festival Raizes
do Atlântico, de 20 a 26 de Julho, no Funchal.
Este ano o "Raizes do Atlântico" regressa com um formato
mais alargado, contando com vários dias de concertos, depois de no ano passado ter-se
resumido a praticamente dois dias, com apenas Concertos.
Na edição deste ano é a Cesária Évora a quem recaem as honras
de abertura do festival, que arranca no dia 20. De regresso ao nosso país, depois de
actuar em Lisboa, a cabo verdiana trará ao palco do Funchal uma viagem ao interior do seu
repertório - vivido, ainda não há muitos anos, no seu ambiente mais original: as ruas
nostálgicas do Mindelo. Curioso é o facto de Cesária ter sido, recentemente, objecto
das mais inusitadas misturas e remisturas para Dança, com o disco "Club
Sodade", que reúne nomes ligados à várias tendências da música de dança.
Entre os dias 21 e 24 de Julho, são os Madeirenses que tomam conta
do programa do Festival, neste caso com a apresentação de projectos como os Pipi Noir no
dia 21 de julho, Encontros da Eira no dia 22, Aquarium no dia 23, Xarabanda no dia 24 e
finalmente Banda d'Além no dia 25. Todos este concertos afirmam a forte reciptivadade que
os projectos do arquipélago têm pelo público - onde, a título de exemplo, os Encontros
da Eira já venderam mais de 10 mil discos.
Os derradeiros dias do festival ficam então a cargo sobretudi de
dois projectos bastante diferentes e também com coisas em comum. Primeiro os MacUmba, no
dia 25, trazem a mistura explosiva dos ambientes das terras frias da Escócia com o mais
tórrido samba do Brasil - uma junção que tem tanto de inusitado quanto de excitante e
divertido. Certamente, um dos pontos altos da edição deste ano do Festival.
O desfecho fica, então, a cargo dos L'Ham de Foc, um colectivo de
Espanha que executa um folk inteligente, inundado em instrumentos - fundindo músicas,
sons e ambientes com sabor a uma pangeia musical - antes desta conhecer os seus
compartimentos. Darbuka, bendir, gaita galega e búlgara, violino, sanfona, saltério,
bouzouki, alaúde e cítara são alguns dos instrumentos de todos esses argumentos.
Com um programa mais completo e abrangente, a edição deste ano do
Festival Raizes do Atlântico aposta assim nas muitas músicas que viajaram para além dos
ocenos e se misturaram num grande caldeirão de todas as fusões.