| A Hospitalidade de Cabo Verde Espectáculos
nos dias 4 e 5 de Novembro em Lisboa, no dia 6 no Porto
A primeira parte irá ficar a cargo de Leyanis Lopes, a intérprete cubana de 28
anos que no seu repertório conjuga vários géneros da música popular cubana, que
absorve tanto influências da música do princípio do século, assim como dos anos 50 da
Região Oriental de Cuba.
Entretanto, Cesária Évora, ao regressar aos palcos portugueses, traz consigo o
seu último trabalho, "Café Atlântico", que contou com a colaboração de
Jaques Morelenbaum, Caetano Veloso, Dulce Pontes e de vários músicos cubanos - para
além das três nomeçõess para os Grammies e dos três milhões de álbuns vendidos que
a projectaram no meio internacional.
Em palco estará a sua banda de dez elementos: Fernando Andrade (piano);
António Fernandes (sax e percussão), João Alves (guitarra), Julian Subida (violino),
Leonel Hernandez (violino), António Alves (cavaquinho), Daniel Rodriguez (violoncelo),
Virgílio Duarte (baixo) e Carlos Monteiro (bateria).
Os concertos estão marcados para as 22 horas. |
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| MORABEZA - A arte de bem receber MORABEZA
é uma palavra do dialeto crioulo caboverdeano de difícil explicação... Pode ser
traduzida, com certa liberdade, como sendo "a arte de bem receber", que, em se
tratando de Cabo Verde e dos caboverdeanos, é uma espécie de qualidade cultivada com
fervor e quase um símbolo do povo deste país.
Entreposto de navegadores e aventureiros, desde cedo Cabo Verde esteve sempre a
receber estrangeiros de todas as partes, e as diversas influências que recebeu geraram um
dialeto e uma cultura ricos e únicos no mundo. Este sentimento acolhedor que qualquer
viajante sente ao visitar Cabo Verde hoje está espalhado pelo mundo na figura dos que
partiram do país em busca de melhores condições de vida, que hoje somam bem mais que os
360.000 habitantes do arquipélago, mas que mesmo no exterior jamais esquecem suas
raízes.
Este sentimento de pátria dos caboverdeanos fez com que na década de 1990 uma
artista de seu país fosse descoberta e alçada à condição de grande intérprete da
música internacional. A "Deusa dos pés descalços" (como a chamam os
franceses, em alusão ao fato de sempre se apresentar em espetáculos de pés descalços)
CESÁRIA ÉVORA, que já era um fenômeno nacional, obteve uma venda extraordinária de
seu álbum "MISS PERFUMADO" em toda a França e não tardou para que seu sucesso
se tornasse mundial.
Cesária Évora, com sua voz suave e profunda, sua música calma, por vezes
alegre sem jamais ser agressiva ou desagradável, é o retrato da riqueza maior de Cabo
Verde: sua gente, sua cultura e suas manifestações artísticas. Nomeada já por três
vezes para os Grammys, prémio maior da indústria fonográfica norte-americana, Cesária
Évora não se abalou com a fama, e aí reside talvez seu maior mérito: Cesária Évora
passa sinceridade, seja nos palcos ou em seus inúmeros álbuns, uma sinceridade de quem
faz música para se expressar, para viver sua vida interior, e não com a mera
preocupação de vendas ou de prémios. |
Veja também. |
.Outros Sons: Cesária Évora - Café Atlântico |
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"Café Atlântico" é dedicado à terra
natal de Cesária - Mindelo, na ilha de São Vicente. Neste disco Cesária Évora parte de
referências como o Fado, o Samba, o Tango e o "Son" cubano, e claro as Mornas
de Cabo-Verde. |
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