Loures
Artelier? A
performance dos animais modernos
Pavilhão Paz e Amizade, dia 19 de Outubro de 2001,
21:00h
O "Artelier?" leva ao Pavilhão Paz
e Amizade de Loures, o espectáculo "Animal Companhia Humana de Animação". Uma
espécie de "Ficção cientifica de influencias tão dispersas como o folclore
didáctico das loiças das caldas. Um Teatro de expressão musical de raiz Tradicional
Portuguesa e de Tronco abastado do Mundo".
De acordo com os textos da promoção deste evento, estamos perante
"quase o melhor espectaculo do Mundo, a seguir ao circo de Barcelos e à orquestra de
rebarbadoras e martelos electricos metropolitana de Setubal". Ainda segundo os seus
promotores, "estaremos perante uma verdadeira odisseia à maneira, um olhar
filosofico e desgraçadamente realista da realidade real e até da realidade irreal".
O grupo "Artelier?" acaba a sua comunicação com um
ultimato: este é um espectáculo "a não perder a não ser por uma boa razão!"
e deixa um aviso "não nos responsabilizamos por eventuais mudanças de personalidade
nos meses seguintes a assistir a este espectaculo".
A música deste "Animal" é da autoria de Nuno Paulino e
Gonçalo Zuquettee, contando com vários músicos distribuídos por muitos instrumentos,
alguns tradicionais, outros nem por isso. Assim temos o próprio Nuno Paulino no Bombo
Tradicional, Bidons e rebarbadora - a quem também coube seleccionar alguns pregões
populares e fazer o arranjo disso tudo.
A acompanhar teremos o Gonçalo Zuquette nos Samplers, "Groove
machine" e na Guitarra portuguesa; António F. na guitarra Clássica e também na
Guitarra Portuguesa, o Eduardo Monteiro na Sanfona e nas Gaitas; José Baietas nas
Percussões Electrónicas; o David Francis no Baixo e no Xilofone e o Ricardo Graçe no
Saxofone.
Os efeitos visuais, especiais ou não, são da autoria de Nuno
Paulino, com apoio de três bailarinas na construção as coreografias e mais outras
colaborações no desenho e construção dos Gigantones, do Guarda-roupa, nos arranjos de
percussões e na própria cénica e na linha dramatúrgica deste espectáculo.
Para que não restem dúvidas sobre o tom de manifesto: "Este
não é um espectaculo cómico, mas sim uma reflexão algo surrealista(..), num tempo e
num espaço cuja realidade é, por veses, ameaçadora. Onde a opressão e o medo estão
presentes em todos os canais. Onde o popular, rural e tradicional se perde entre
referencias importadas, entre propostas de consumo. É uma metafora à agressão constante
do homem pelo homem, à igreja e aos Politicos, ao povo e ao trabalho, à guerra e tambem
à Festa popular. Uma sinopse impossivel".
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