Lisboa
Seminário
Organizações, Cultura & Artes
Lisboa, ISEG, dia 23 de Novembro de 2001
O Seminário "Organizações, Cultura
& Artes" contará com a participação de vários nomes da Cultura,
Universidades, Comunicação Social, Política e Sociedade em geral, para debater o estado
do sector da Cultura e das Artes na sua relação com as Empresas e demais Organizações
que nele exercem actividade.
A Cultura e as Artes, para além de um fenómeno cultural e social,
têm hoje uma componente económica relevante em termos de emprego e valor acrescentado. A
parir desta ideia, o Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de
Lisboa, atento à situação das múltiplas Organizações - públicas e privadas, com e
sem fins lucrativos, grandes e pequenas - que operam no campo da Cultura e das Artes,
pretende lançar a discussão e a reflexão do papel destas instituições na economia e o
contributo das técnicas de gestão para o desenvolvimento equilibrado deste tipo de
organizações.
Os objectivos deste seminário são a discussão e caracterização
da situação e as necessidades de desenvolvimento do sector em termos de gestão e
eficiência económica; um reflexão sobre áreas de trabalho e parcerias de interesse
entre a Universidade (Escolas de Gestão) e as organizações de Cultura e Artes e
finalmente a análise das perspectivas e meios para o desenvolvimento do sector.
Os destinatários são estudantes e docentes de gestão, economia,
contabilidade, auditoria, teatro, dança, música e demais artes; Jornalistas da cultura
mas também da economia da cultura; Empreendedores de negócios baseados em cultura e
artes; Profissionais e dirigentes de organizações sem fins lucrativos; Dirigentes e
quadros dos organismos da cultura da Administração Central e Local bem como das
finanças e da economia e todos aqueles que têm interesse no desenvolvimento do sector da
cultura e das artes.
O seminário foi concebido com base em quatro painéis:
"Cultura, Artes e Economia", "Desenvolvimento de Competências",
"Acompanhamento Financeiro das Organizações" e "Desenvolvimento
Cultural".
Este conceito levou, de forma natural, à escolha dos oradores e animadores principais das
sessões, responsáveis institucionais que dêem macro referências sobre o sector;
representantes de empresas e outras organizações que refiram as necessidades sentidas no
sector e as experiências que achem de interesse partilharem; e teóricos e práticos com
trabalho relevante no domínio da cultura, das artes e das suas organizações.
Vários nomes da sociedade portuguesa desfilarão como moderadores
e oradores dos vários temas em debate, como é o caso de Victor Constâncio (no debate de
abertura Cultura, Artes e Economia). Depois seguem-se vários oradores: a Ministra do
Planeamento, Elisa Ferreira (Cultura e Artes no III Quadro Comunitário), Ferreira do
Amaral (Cultura e Artes no Desenvolvimento Económico e Social do País), Emídio Rangel e
João Soares Louro (As Profissões requeridas por um Canal de Televisão em torno da
Cultura e das Artes), Augusto Mateus (Desenvolvimento de Competências), o Ministro da
Educação, Júlio Pedrosa (Ensino Superior: Desenvolvimentos recentes e relações com o
ensino não superior), o Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Luís
Torres de Magalhães (Investigação na Cultura e nas Artes, centrada na gestão e nas
finanças), o Vice-Presidente da Estoril-Sol, Mário Assis Ferreira (O Espectáculo
Artístico na Actividade do Casino do Estoril competências necessárias).
À tarde a sessão abre com outro debate, com o tema
"Acompanhamento Financeiro das Organizações" moderado por Rogério Fernandes
Ferreira. Mais oradores prosseguem o programa do seminário: a começar com o Presidente
do Tribunal de Contas, Alfredo José de Sousa (O financiamento público das Organizações
da Cultura e das Artes: que acompanhamento e fiscalização?), seguido pelo Bastonário da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, José Vieira dos Reis (Plano Oficial de Contas
para as Artes do Espectáculo).
Ao Ministro da Cultura, Augusto Santos Silva, cabe o tema
"Desenvolvimento Cultural do País: metas e indicadores". A fechar as
apresentações, teremos o tema "Cultura e transversalidade na Administração
Pública" pelo Professor Rui Vieira Nery.
Alguns casos práticos são também relatados neste seminário,
como é o caso das experièncias do Centro Dramático de Évora e o Teatro da Cornucópia.
A encerrar, Vasco Graça Moura e o Reitor da Universidade de Évora, Jorge Araújo terão
em mãos a tarefa de reflectir as conclusões deste seminário de reflexão dos meios da
cultura no nosso país.