Crítica
Gaiteiros de Lisboa
Enchente na Aula Magna
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. . . Uma Aula Magna completamente esgotada, foi a forma como o público
recebeu o regresso dos Gaiteiros de Lisboa aos discos, que nesta noite apresentaram
Macaréu, o seu novo trabalho - uma onda gigante para a música portuguesa.
Por João Maia
Na passada quinta feira, dia 11 de Abril, decorreu na Aula Magna a primeira
apresentação ao público do mais recente trabalho dos Gaiteiros de Lisboa, intitulado
Macaréu. Um Macaréu é uma onda de rebentação próxima à foz de alguns rios e uma
verdadeira onda de público foi o que aconteceu nessa noite.
A Aula Magna encheu por completo: havia gente de pé, gente nas escadas, e acabou por
haver gente que não conseguiu entrar porque o recinto se encontrava completamente lotado.
É certo que não se pagava a entrada e que é conhecida a apetência do público
português por tudo o que é de graça (daí a brincadeira de Carlos Guerreiro: "eu
quero ver se vocês também aqui estão quando for a pagar..."). De qualquer forma,
numa noite em que também tocavam em Lisboa os irlandeses Cranberries, uma enchente como
esta não deixa de ser de assinalar.
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Site Oficial
dos Gaiteiros de
Lisboa
Visite o site oficial dos Gaiteiros de Lisboa, onde poderá
ouvir uma faixa do novo disco, encontrar mais informação sobre o grupo e
ficar a par da agenda de espectáculos.  |
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Este público fantástico acabou por ser presenteado com um
concerto magnífico no qual os Gaiteiros foram iguais a si próprios, ou seja,
irreverentes, inventivos e brilhantes como já nos têm habituado nos seus anteriores
trabalhos e concertos. Grande parte do concerto foi dedicada à mostra dos temas do novo
disco Macaréu embora aqui e ali os Gaiteiros nos presenteassem também com alguns dos
seus temas mais conhecidos ("Nos Daqui e Vos Dalhi",
"Trangulo-Mangulo", "Lenga Lenga", e outros). Mas no que respeita ao
novo disco, pelo que ouvi, arrisco-me a dizer que será talvez o melhor trabalho dos
Gaiteiros até à data.
A qualidade musical é brilhante, como já estamos habituados. A
originalidade continua bem presente, nomeadamente com a adição de mais alguns
instrumentos pouco convencionais, da autoria dos elementos da prórpia banda. Os textos
são excelentes ou não dessem os seus autores pelos nomes de Fernando Pessoa, Alexandre
O'Neil e Amélia Muge. Finalmente uma palavra para o sétimo "gaiteiro", o
percussionista Paulo Charneca, que se integrou no espírito do grupo de uma forma
perfeitamente natural, e para PacMan, dos Da Weasel, convidado especial que acompanha o
grupo num tema do novo álbum.
Agora resta-nos apenas esperar ansiosamente até que este Macaréu
rebente nas lojas! 
