"Kluster" Tour
Kimmo Pohjonen
Contrastes unidos pelo som
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. Dezembro 2004 Dia 1 Coimbra, Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), 21:30 | Dia 2 Lisboa, Fórum
Lisboa, 22:00h | Dia 3 Famalicão, Casa das Artes, 21:30h
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O arrebatador acordeonista finlandês está
de regresso a Portugal. Misturando de forma única os sons do acordeão com samplers e
percussões, Pohjonen é - por essas e muitas outras razões - um dos artistas em grande
destaque na Europa.
Kimmo Pohjonen é um dos mais respeitados e requisitados músicos e
performers na Finlândia. Acordeonista de excepcional imaginação e técnica, o historial
musical de Kimmo traduz-se em mais de vinte anos de rock, folk, avant-garde,
improvisação, dança, música clássica ou projectos de teatro musical.
Kimmo Pohjonen nasceu em 1964, começando a tocar acordeão com 8
anos de idade, por influência do seu pai, também acordeonista. Estudou música clássica
no Conservatório de Helsínquia, entre 1980 e 1985. Entre 1985 e 1996 frequenta os
Departamentos de Música Clássica e de Música Popular da Academia Sibelius, onde foi
também professor de acordeão. Estudou ainda este instrumento em Buenos Aires. Foi
professor de acordeão na Finlândia e também nos Estados Unidos, na Suécia, na
Dinamarca e na Holanda. Estudou também mbira (piano africano que se toca com os
polegares), na Tanzânia, numa época em que não encontrava formas novas de se expressar
com o seu instrumento.
Em 1996 Kimmo embarcou numa carreira a solo com o projecto de um
acordeão com 5 teclados, com composições originais que integravam loops e efeitos ao
vivo, uma performance de palco dinâmica, luzes orquestradas e som surround. Este
espectáculo, aclamado pela crítica no Womex Berlin em 1999, foi a pedra de toque de
várias actuações do músico por toda a Europa, na América do Norte e do Sul, em
Israel, na Rússia e no Japão.
A singular missão de Pohjonen é expandir a capacidade, sonoridade
e performance do acordeão em vários tipos de espectáculo, elevando o instrumento a
níveis nunca antes vistos ou escutados. Pohjonen também tem actuado em espectáculos de
teatro, ballet e dança contemporânea.
Em 2000, estreia em Helsínquia o projecto
"KalmukkiSinfonia", com a orquestra Tapiola Sinfonietta, dois percussionistas e
luzes orquestradas e som surround. Este projecto esteve em digressão em Inglaterra, em
2002, e originou um álbum - Kalmuk - e um dvd.
Os projectos mais recentes de Kimmo incluem colaborações com o
seu duo Kluster, onde actua com o mestre do sampling Samuli Kosminen, e a actuação com
os Kronos Quartet. Pohjonen e Kosminen também se juntaram a Pat Mastrelotto e Trey Jun,
dos King Crimson, para formar um quarteto chamado Kluster TU. A última aventura do
músico a solo chama-se Animator, integrando animação virtual gráfica de autoria da
artista e designer multimedia Marita Liulia, e misturas de vídeo de Antti Kuivalainen.
Pohjonen também actua em improvisação total com o percussionista françês Eric
Echampard.
Em 2003, Kimmo Pohjonen passou por Aveiro, no Festival Sons em
Trânsito. Uma data única, mas memorável para todos os presentes, concerto considerado
pela imprensa como um dos melhores do ano. Envergando vestes indígenas de alguma tribo
nórdica ou oriental uma espécie de quimonos Kimmo ofereceu o céu e as
trevas, granadas e cravos, o sol e a lua, a inquietação e a tranquilidade, a tradição
e a improvisação, o yin e o yang. Contrastes unidos pelo som que sai fole diatónico,
amplificado e loopado, samplado e percutido pelo islandês Samuli
Kosminen, companheiro desta experimentação futurista. O canto é feito de uma espécie
de mantras meditativas, que narra histórias intemporais e intermináveis, muitas vezes
revestidas de uma obscuridade que atiça desconforto a uns e a outros gela.