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Tradições
Viagem ao velho Entrudo
O Direito ao Enterro

João Garcia
(In "Jornal Expresso" de 21 de Fevereiro de 1998)

O «ALMOÇO do grelo» é também a forma de reunir, na quarta-feira de cinzas, os animadores do Entrudo da Chamusca. Para trás ficaram os bailes e o Carnaval trapalhão, assim como o jogo de futebol na praça de touros, com os futebolistas aparentemente indiferentes à vaca que lhes disputa o terreno e não hesita em cometer várias faltas.

O jogo do quartão é a forma animada e mais antiga do Carnaval na Chamusca (Foto: António Pedro Ferreira)

Almoço bem regado, dele partem os convivas para o «jogo do quartão». Um grupo de mais de uma dezena de elementos, munido de vários potes - ou quartões - transportados num burro velho, partem pela vila, parando nas tascas, adegas de amigos, cafés e «snacks», «que as tabernas já foram 36, agora são três e a tradição não se pode perder», justifica Custódio Aranha, um folião com lugar cativo. Em roda, lançam o quartão de uns para os outros, e quem o deixar cair paga uma rodada. «É uma festa, e a maior parte das vezes quem paga é o dono da taberna», corrige Joaquim Veríssimo, um comerciante sempre visitado e que todos os anos exige um pote de recordação. O ano passado partiram 70 quartões, o que é obra, pois cada vaso partido significa uma rodada. «Ao fim da tarde, com o pessoal pingado, os quartões partem-se muito mais depressa.» É também por isso que os lançadores do quartão levam consigo uma camioneta. «É o carro vassoura - antigamente era uma carroça -, e recolhe os que não aguentam o vinho.»

Com o pôr-do-sol pára o jogo e é hora de ir a casa retemperar forças para o «enterro do galo». À meia-noite, na União, uma das colectividades locais, um padre, um sacristão, uma viúva e várias carpideiras procedem ao funeral de um galo. É chegada a hora da má-língua, de passar em revista os acontecimentos do ano, compilados pelos membros do grupo, mas também sugeridos pela população. «Uns dão-nos dicas de acontecimentos que coleccionam durante o ano, outros deixam envelopes anónimos com quadras.» Depois o padre, o sacristão ou o galo que as digam. Para que alguns dos presentes possam corar: «Lá tiveste que casar / levaste a tua avante / era melhor mãe solteira / que um filho de cada amante... // Oiça lá minha senhora / se não comete adultério / porque vai fora d'horas / para o lado do cemitério.»

«Embora nunca se nomeie o visado, as quadras só têm graça quando se percebe a quem se destinam», acrescenta Fernando Matias, vereador do pelouro da Cultura e um dos incentivadores dos festejos. 
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