Sonetos de António José Osório de Pina Leitão em Livro e CD
O sonetos do poeta António José Osório de Pina Leitão terão uma edição conjunta da
Freguesia de Manigoto e do Grupo de Amigos do Manigoto. Esta obra apresenta-se em livro e
em CD. O livro é composto pelos vinte e oito sonetos que o Autor publicou em 1794 na
segunda parte da obra Tradução Livre ou Imitação das Georgicas de Virgilio em verso
solto, e outras mais Composições Poéticas, com segunda edição em 1804. Abre com
breves notas sobre o Autor e sobre os Sonetos e termina com um glossário onomástico. O
CD contém Doze Sonetos seleccionados e musicados por César Prata a convite dos editores.
Ambos constituem um todo com o qual os cidadãos e amigos do Manigoto pretendem homenagear
o Poeta que ali nasceu em 1762, após 210 anos da primeira edição. Participam Américo
Rodrigues, Artur Emídio, Carlos Pedro, César Prata, Cristina Fernandes, Julieta Silva,
Rui Pedro Dias, Samuel Pedro e Teresa Aurora Gonçalves. Américo Rodrigues e César Prata
produziram este trabalho. O lançamento do cd ocorrerá no dia 14 de Agosto, pelas 21:30,
no Manigoto; no dia 16 de Agosto, pelas 21:30, na Mediateca VIII Centenário - Guarda e no
dia 25 de Agosto, pelas 16:30, em Pinhel. (31 de Julho)
Aclamação do Senhor da Terra abre Viagem Medieval
As ruas e praças do burgo da Feira preparam-se para receber milhares de visitantes, em
mais uma edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, que durante dez dias vai
transportar residentes e visitantes até à Idade Média, especificamente ao período
compreendido entre 1386 e 1392. O evento abre no dia 30 de Julho, pelas 17h00, com
animação dispersa, mas é às 19h30 que acontece o primeiro grande momento de
recriação histórica, com a "Aclamação do Senhor da Terra de Santa Maria",
pelas ruas do centro histórico. Também às 19h30 e às 23h00, no Rossio, realiza-se o
"Voo das Águias" e, às 20h30 e 23h30, haverá "Música Medieval",
nas praças de Camões e da República. Para as 21h00 estão marcadas as "Justas
Medievais", nas margens do rio Cáster e, para as 00h30, o "Toque da
Encruzilhada", pelas ruas do burgo, que encerra a animação do primeiro dia.
Animação permanente é coisa que não vai faltar ao longo dos dez dias da Viagem, bem
como momentos altos de recriação histórica, designadamente: a "Captura e
Julgamento dos Criminosos" (dia 31 de Julho); o "Cortejo da Rainha Dona Filipa
de Lencastre (01 de Agosto); "D. João, o Casamenteiro" (dia 02 de Agosto); a
"Cerimónia do Casamento" (dia 04 de Agosto); o "Funeral" (dia 05 de
Agosto); o "Festim" (dia 06 de Agosto); a "Chegada de D. João I ao burgo
da Feira" (dia 07 de Agosto); e o "Grande Torneio" (dia 08 de Agosto). São
também muitos os espaços de animação e as áreas temáticas existentes no centro
histórico da cidade que vão proporcionar momentos únicos aos visitantes,
designadamente: o arraial; o castelo; as ceias medievais; a feira; as tabernas; e a
mouraria/judiaria. Quanto às áreas temáticas, são doze: o alojamento dos cavaleiros; o
arraial; a área alimentar; os artífices; o castelo; o espaço esotérico; a exposição
das águias; a feira; a floresta encantada; os jogos de tabuleiro; os jogos medievais; e a
mouraria e judiaria. A Viagem Medieval em números é algo impressionante: 65 elementos da
Organização; 230 Voluntários; 500 animadores, de 13 Grupos de animação do concelho e
17 grupos de animação de fora do concelho; 900 elementos das associações do concelho
envolvidos; 102 artesãos, artífices e mercadores; 140 horas de animação durante o
evento; envolvimento de 33 associações do concelho e 61 Comerciantes; são mais de 1000
Pessoas a trabalhar diariamente durante a Viagem e são esperados mais 500 mil Visitantes
esperados durante o evento. (30 de julho)
Táma Lá: música
Afro-Mandinga no Chapitô
Com
base na música Afro-Mandinga os Táma Lá surgem da vontade de fundir uma linguagem
tradicional num contexto sonoro mais actual. À envolvência das melodias quentes do
Balafon, dos cantares africanos e percussões tradicionais junta-se o poder da bateria,
baixo, guitarra eléctrica e trompete. O projecto foi iniciado por Kimi Djabate, que
nasceu na aldeia Tabato (numa comunidade de músicos) onde iniciou a sua aprendizagem no
Balafon, logo a partir dos 8 anos de idade, com o seu pai Braima Djabate. Kimi estudou
música no Instituto Nacional das Artes da Guiné Bissau e integrou o Ballet Nacional da
Guiné Bissau entre 1987 e 1990. A partir de 1990 integrou vários grupos na Guiné como
compositor e letrista. Chega a Portugal em 1996 e a partir dessa altura colaborou com Mori
Kante, Valdemar Bastos, Manecas Costa, Guto Pires, Netos do Ngumbé e João Afonso.
Os Tama La são Kimi Djabate no Balafon e voz; Chiara Picotto nos Coros; Johannes Krieger
no Trompete; Mamadi Djabate na Guitarra eléctrica; Alfonso Romio no Baixo; Hugo Menezes
nas Percussões; e Marte Antunes na Bateria. Vão estar no Chapitô, em Lisboa, no
próximo dia 30 de Julho, a partir das 22h. (28 de Julho)
"Mare Nostrum":
outras culturas em Vila Real de Santo António
O Programa "Mare Nostrum" traz este ano até ao município nomes como
"Acquaragia Drom" de Itália, a cabo-verdiana Mayra e os espanhóis
"Acetre" e "Teatro de L'ull". É precisamente aos espanhóis
"Teatro de L'Ull" abrem o Festival em Vila Real de Santo António, no dia 7
pelas 22 horas, na Praça Marquês de Pombal com o espectáculo "Más Madera".
Dia 13, na Zona Poente do Casino de Monte Gordo actuam os "Acquaragia Drom"
oriundos de Itália e que nos trazem a música de expressão cigana do seu país num
espectáculo vibrante com uma grande capacidade de sedução para o público, apresentado
por um dos grupos históricos da música popular italiana. De Cabo Verde, entretanto chega
para actuar no dia 14 em Monte Gordo a cantora Mayra que com apenas 18 anos tem um talento
extraordinário e recebeu já importantes prémios internacionais, sendo bastante
apreciada em França, país onde vive actualmente. No seu espectáculo poderão ouvir-se
ritmos quentes como o Funaná e o Batuque. Os espanhóis "Acetre" encerram
também em Monte Gordo no dia 20, com um excelente espectáculo de música a passagem do
Festival "Sete Sóis, Sete Luas" no mês de Agosto por Vila Real de Santo
António. (27 de Julho)
7ª Festa da Cerveja no
Castelo de São Jorge, em Lisboa
Entre os dias 28 de Julho a 1 de Agosto realiza-se mais uma Festa da
Cerveja no Castelo de S. Jorge, em Lisboa, este an contando, entre outros com Sebastião
Antunes Trio, Zeca Baleiro (Brasil), Na Lua (Galiza Espanha), Serve La Bari
(sevilhana e flamenco), Os Sarroncas (animação), Tabanka Djaz (Guiné Bissau),
Marenostrum, Os macacos de rua de Évora (animação), Trova Camagüeiana (Cuba), Ramos de
Mornas com Maria Alice (Cabo Verde) e Quadrilha. (27 de
Julho)
Noites árabe, cristã e judia sefardita em Faro
A Câmara Municipal de Faro e a Fundação Pedro Ruivo juntaram-se para organizar, entre
30 de Julho e 1 de Agosto, no Largo da Sé, o I Festival das Três Culturas, que pretende
ser um "encontro de artistas representativos de três culturas": cristã,
muçulmana e judia. O evento inclui música, dança, animação de rua, gastronomia e
workshops. Os três dias de festas incluem um mercado de artesãos (com 10 artistas das
três culturas), o restaurante "Jaime Árabe", um workshop sobre dança do
ventre, animação de rua com oito actores e músicos das três culturas (sultão, faquir,
mendigo, vendedor, guerreiro, bailarina de dança oriental, bobos, zancudos, malabaristas,
nobres, músicos, etc.), animação no espaço de restauração com personagens de
Al-Andaluz e um "show" de fogo com faquires. A "Noite Árabe" (30 de
Julho) apresenta ainda um espectáculo de música tradicional do Magrebe. No dia seguinte,
a "Noite Cristã" terá música medieval (cantigas de Santa Maria, peças de
Carmina Burana, Danças Medievais, Estampidas, Livre Vermell Le Roman de Fauvel, etc.).
Por fim, no dia 1 de Agosto, na "Noite Judia Sefardita", um grupo interpretará
música do entorno mediterrânico (berço das três culturas), com sonoridades turcas,
andalusís, gregas, egípcias e marroquinas, "que evocam a paz e a tolerância entre
os povos independentes da religião ou raça". Fonte:
Jornal da Região Sul (26 de Julho)
Residência Artística na
Lavaria do Cabeço do Pião
O objectivo desta iniciativa será fazer uma primeira abordagem ao espaço e à comunidade
local da Aldeia do Rio, no Cabeço do Pião, e ao fim dos sete dias de residência
apresentar em o resultado até ao momento deste estudo. O projecto visa, por um lado,
coreografar um espectáculo específico para este local, a apresentar em 2005 no âmbito
do Festival Lugar à Dança e da Semana Cultural das Terras do Xisto; por outro lado,
realizar um documentário de vídeo-dança nesta localidade, com a colaboração da
comunidade local. De 25 julho a 01 agosto, no Rio (Cabeço do Pião, Silvares) - uma
iniciativa orientada pela Associação VoArte. (25
de Julho)
Semana Cultural das Terras do Xisto
A Semana Cultural das Terras do Xisto, a decorrer entre 25 de Julho a 1 de Agosto de 2004,
assume-se como um espaço de troca de experiências, onde as manifestações artísticas e
culturais percorrem o território do Pinhal Interior do Fundão e vão ao encontro das
suas populações - mobilizando a iniciativa local e promovendo o convívio pela
cidadania. Da tecelagem aos bombos, do cinema ao teatro, das tradições à inovação, o
diálogo entre o passado e o futuro tem uma linguagem festiva. Um dos pontos altos do
programa é o Encontro de Bombos de Lavacolhos, que acontece a 28 de Julho, a partir das
21 horas: o ritmo da tradição, o bater do coração nas raízes culturais portuguesas, o
jogo de sedução entre a percussão e o sopro
tudo isto está contido no toque do
bombo. No dia seguinte, dia 31, acontece o Encontro das Aldeias do Xisto, que pretende,
pela primeira vez, juntar os grupos etnográficos e culturais, bem como os próprios
habitantes, das aldeias associadas ao Programa das Aldeias do Xisto. Em termos de cartaz,
o programa deste ano conta com o grupo Sons do Vagar (arque de Stº. António - Silvares,
a 27 julho, 21:30h); o Maio Moço (Escola EB2/3 de Silvares, a 29 julho, 21:30h). Os Sons
do Vagar resultam de uma visita à memória vocal e instrumental do Alentejo. Despertos
pelas memórias de um passado que transporta as suas sonoridades, o grupo procura, numa
lógica própria do seu tempo, reinterpretarem e transportar para o presente os ambientes
musicais que, num contexto rural, surgiam como contraponto ao trabalho do campo, dando
espaço àqueles momentos em que o "vagar" lhes permitia as práticas rituais
religiosas ou a folia festiva. Do "peditório" à "alvorada" o
tamborileiro anunciava a festa, as vozes das mulheres despertavam nos primeiros cantos ao
S. João ou ao Menino Jesus, para mais tarde nas noites de Quaresma gritarem as
lamentações religioso/pagãs da Semana Santa. Com a Primavera, à porta do
"monte" ou no terreiro da aldeia, entoava-se viola acompanhando as vozes na
descrição da paisagem e amores anunciados
era o ciclo. Maio Moço é um grupo
constituído em meados de 1985, mas já com profundas raízes no movimento de progressivo
interesse pelo folclore musical do nosso país, fenómeno para cujo nascimento e expansão
tiveram oportunidade de contribuir há cerca de uma vintena de anos atrás. Assumem-se
como um "grupo novo" no sentido pleno da palavra, como sugere o nome de Maio
Moço, inspirado numa das figuras mais ricas e significativas da nossa tradição,
símbolo por excelência da força criadora e fecundante da Primavera e das coisas novas. (24 de Julho)
Tito Paris e Bau, ao vivo no
Keil do Amaral em Monsanto
Tito Paris é a voz da diáspora caboverdiana em Lisboa, a ponte criativa entre dois
universos afastados fisicamente mas aproximados pelo poder da música e pela emoção da
saudade. Multi-instrumentista, cantor, compositor, é como guitarrista que Tito Paris
começa por se impôr, trabalhando em Lisboa com nomes tão díspares como Rui Veloso ou
Bana, e, mais tarde, com Cesária Évora. Mas a sua música é a encarnação perfeita da
diáspora, ao integrar nas suas composições e no seu estilo marcados pela tradição
caboverdiana influências e citações de muitas outras músicas, dos blues ao samba.
Autor de seis álbuns aclamados como discos de referência da moderna música de Cabo
Verde Tito Paris trará o calor e a emoção africanas para aquecer o anfiteatro Keil do
Amaral nesta noite de Verão. Bau, desde que em Setembro de 1999, deixou a direcção
musical da banda de Cesária Évora, ao pianista Nando Andrade, Bau voltou ao Mindelo. Na
tranquilidade da ilha, este "virtuoso das cordas", tem concebido obras repletas
de elegância e subtileza a que já habituou o seu público. Em 2002 viu um dos seus
temas, "Raquel", ser integrado por Pedro Almodóvar na banda-sonora de
"Fala com Ela". Agora em Lisboa vai actuar em nome próprio e ao lado de Tito
Paris para mostrar um pouco do seu quinto disco de originais "Silêncio".
Sábado 24 de Julho, no Anfiteatro Keil do Amaral (Parque de Monsanto, em Lisboa), 22H00,
com entrada livre. (24 de Julho)
Lelía comemora 15 anos e
oferece um tema na Internet
As Galegas Leilía promovem, no seu site oficial, uma dupla homenagem à cidade de
Santiago de Compostela, a sua residência física e musical - assinalando de forma
especial o "Ano Xacobeu" (quando o dia de Santiago calha a um Domingo) e também
os 15 anos do grupo. Para tal oferecem, para Download, uma música dedicada a estas duas
comemorações e que pode ser encontrada aqui: Mil
Caminhos. As Lelía surgiram precisamente há 15 anos, tendo-se dedicado sobretudo ao
repertório cantado por mulheres, acompanhado apenas por pandeiretas - criando um
espectáculo fortemente ligado âs tradições musicais de Galiza, numa vertente quase
inexplorada e desconhecida a nível internacional. (23 de
Julho)
Get ready 2 reggae no B.Leza
Pascoal Silva & Ayam, grupo de reggae crioulo, têm hoje 2 CDs editados: Mentalidade
(1998) e Conciência, recentemente lançado, e que conta com a participação especial dos
músicos Paulino Vieira (faixa 2, «Caneta cu Papel»), Djoek (voz ragga) e Lorenço
(gaita). Doze temas num álbum vivo que experimenta a fusão do reggae com a morna e o
funaná, e em que as vozes e os instrumentos tradicionais marcam uma forma de fazer
música. No dia 28 de Julho apresentam precisamente "Consciência" no B.Leza, a
partir da meia noite. (22 de Julho)
Trebilhadouro - IV Festival
de Artes e Cultura Tradicionais
Trebilhadouro era uma aldeia com passado, sem esperança de futuro,
a quem este festival deu um presente. Um presente que é o resultado do interesse de um
grupo de pessoas por esta aldeia e pela ideia de a revitalizar por três dias. Este ano
fazem parte do Cartaz musical os Tocandar (grupo de percussão da Marinha Grande), os
Roldana Folk (grupo do porto, que partilha elementos e referências musicais com os Frei
Fado d'El Rei), MUUUU!!!!! (Uma jovem formação de "músicas do mundo", que
junta violino, didjeridoo, acordeão, entre outros instrumentos) e os Andarilhos (Grupo de
música tradicional portuguesa, que recentemente apresentou o seu mais recente disco em
várias lojas FNAC) - isto para além de várias propostas de Teatro. Nos dias 23, 24 e 25
de Julho, na região de Vale de Cambra. Para mais informações consulte http://trebilhadouro.com.sapo.pt (21 de
Julho)
Concertos de Coros em T. Vedras: intercâmbio e alma didáctica
O Coro Juvenil da Cidade de Torres Vedras recebe, de 24 a 31 de Julho, os coros catalães
L Esquellerinc e Albada de Barcelona. Constituídos por jovens, estes coros
completam assim o intercâmbio iniciado em Julho de 2003 quando o Coro Juvenil da Cidade
de Torres Vedras se deslocou a Barcelona para participar no Festival Internacional de
Coros "Europa Cantat". No âmbito da visita que vai decorrer, realizam-se dois
Concertos com os referidos agrupamentos musicais: dia 25 de Julho, pelas 22h, na Igreja
Paroquial de Santa Cruz (integrado no Programa "Onda de Verão"); e no dia 27 de
Julho, pelas 21h30, no Teatro-Cine de Torres Vedras e na Tuna Comercial Torriense. Fruto
de uma experiência musical em escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico foi, recorde-se,
criado o Coro Infantil da Cidade de Torres Vedras, que passou à designação de Coro
Juvenil de Torres Vedras em 1996. É constituído por 25 jovens dos 11 aos 20 anos. Tem
participado em Encontros de Coros, dos quais se salienta o Encontro de Coros de Portugal e
Norte de Espanha, realizado no Mosteiro dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia, em 1954. No
campo de uma actuação assumidamente pedagógica, o Coro tem realizado concertos em
escolas de diversos graus de ensino. Em Abril de 2002 editou um CD intitulado
"Música na Escola" com canções infantis inéditas, de acordo com os Programas
do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico. (20 de
Julho)
Sons em Trânsito permanece
em Aveiro
Depois de ameaçada a realização do próximo Festival Sons Em Trãnsito, pelos menos na
cidade de Aveiro, a Câmara Municipal da cidade da Ria acabou por confirmar o seu
incondicional apoio ao projecto, viabilizando financeiramente a sua realização no final
do Outono deste ano. A dúvida sobre a realização do festival surgiu a partir do momento
em que o produtor do evento, viu recusado o financiamento estatal por parte do Instituto
das Artes - facto que provocou alguma "tempestade" nos meios jornalísticos -
já que o Sons em Trânsito, a par do Festival de Música do Mundo de Sines, são dois
"jovens" festivais de Músicas do Mundo que desde cedo atingiram notoridade
máxima, muito à custa da sua qualidade. Curiosamente ambos têm um forte do envolvimento
autárquico, o que de certa medida, possibilita a sua viabilidade. (19 de Julho)
At-Tambur encerra Festival
de Música Antiga
Os At-tambur vão encerrar o festival de Música Antiga de Carrazeda de Ansiães, um
evento dirigido artísticamente por Pedro Caldeira Cabral, que normalmente convida um
grupo "que não interpretando música antiga, possui elementos musicais relacionados
com esse género de música". Para este concerto, o grupo At-Tambur preparou
especificamente três peças relacionadas com o tema do Festival deste ano "Canções
de Amor e Guerra", e que serão apresentadas em formato acústico na Igreja de
Linhares, a 4m de Carrazeda. O Concerto é no Domingo, dia 18 de Julho, a partir das
21:30h. (18 de Julho)
Quarteto Svindel e Simon Stalspets de regresso
Sérgio Crisóstomo e António Nogueira no violino, Gonçalo Ruivo
na viola e Hugo Fernandes no violoncelo, actuam em quarteto ao lado do compositor Sueco
Simon Stålspets, também intérprete de mandola. O repertório é baseado em obras
tradicionais da Suécia, e que irão ser apresentadas no Festival Musicatlântico, nos
Açores - um certame que promove uma programação mista entre o erudito e o popular - de
resto, a abordagem musical apresentada por esta formação (que quando se apresentou pela
primeira vez, deu-se a conhecer pelo nome de Quarteto Polaris). Para ver no dia 20 de
Julho, 21.30, Centro Cultural de St. Cruz da Graciosa ou no dia 21 de Julho, 21.30, Igreja
do Convento de S. Roque do Pico. (17 de Julho)
O acoredeão inflamado de Kimmo
Pohijonen regressa no Outono
Depois da presença muito aplaudiada no ano passado no Festival Sons em Trânsito de
Aveiro, o acordeonista escandinavo vai regressar a Portugal no mês de Outubro ou de
Novembro para uma pequena digressão à semelhança daquela que aconteceu êm Julho com
Lhasa. Kimmo Pohjonen marca pelo seu visual arrojado, um acordeão diatónico, uma pitada
de samplers e grunhidos q.b. compoem a receita irresistível deste finalândes. Kimmo é
inovador, revolucionário, provocador, rude, único, sensível, épico e poético, mas
sobretudo é inesquecível. O seu projecto a solo composto pelos discos "
Kielo", "Kalmuk" e "Kluster" tem recebido os maiores elogios da
crítica internacional e começa a conseguir o mesmo feito entre os jornalistas
portugueses. Um dos músicos que vai marcar o início do século XXI. Ao vivo é
deliciosamente angustiante. Vem a Portugal apresentar o projecto "Kluster" em
que se faz acompanhar nos samplers por Samuli Kosminen dos islandeses Múm. Também foi
nomeado para a última edição dos prémios da BBC RADIO 3. (16
de Julho)
"Regressos": Duas gerações de fado e a improvisção árabe
Dia 16 e 17 de Julho sobem ao palco do S. João, no Porto, os fadistas Camané e Argentina
Santos e o libanês, tocador de alude árabe, Rabih Abou-Khalil, no espectáculo
"Regressos", com direcção cénica de Ricardo Pais. De um lado o fado,
pertencente a duas gerações distintas, do outro o taqasim, a improvisação como é
praticada na música árabe. O espectáculo será dividido em três partes, actuando cada
artista individualmente. O mais interessante poderá acontecer no final, quando o músico
árabe e Camané partilharem atmosferas e estados de alma juntos. Para Ricardo Pais será
ainda a revisitação do fado, depois do espectáculo que encenou em 1997, "Raízes
Rurais, Paixões Urbanas". Camané é a mais profunda e emblemática voz do fado no
masculino da actualidade. Na sua expressão mais sentida e genuína. A de dar voz à alma
dos verdadeiros fadistas. Camané gravou os álbuns "Uma Noite de Fados",
"Na Linha da Vida", "Esta Coisa da Alma", "Pelo Dia Dentro"
e "Como Sempre... Como Dantes", cada um deles uma renovada etapa numa evolução
que visa atingir o âmago da poesia, da vida e do fado. Argentina Santos é o fado na sua
forma mais instintiva, castiça e emocionalmente arrebatadora. A proprietária (e, às
vezes, também cozinheira) do Parreirinha de Alfama cultiva no seu canto o contraste entre
os graves telúricos e pujantes e ornamentações, na zona dos agudos, tão límpidos como
os de uma ave canora. Houve quem a comparasse à diva egípcia Oum Khalsoum. Rabih
Abou-Khalil é um "virtuose" do "'ud", ou alaúde árabe. Virtuoso
não no sentido meramente exibicionista do termo, mas no modo como sabe fazer vibrar as
cordas interiores. Improvisador nato, a sua música cultiva a fusão da música árabe com
o jazz, como está registada nos múltiplos CDs que tem gravado na Enja. Admirador de
Portugal - onde diz que gostaria de viver -, Khalil conhece e sente o fado, bem como as
ressonâncias que a palavra "saudade" pode provocar, não tão afastadas como
isso da música árabe. Fonte: Público.pt - Fernando
Magalhães (15 de Julho)
Arrefole ao
vivo na Maia
Os
Arrefole são um grupo recente, composto por músicos oriundos do Porto, reunidos à volta
da sonoridade da gaita de foles... e não só. Trata-se de um grupo que procura uma
personalidade musical original, sem deixar de ser portuguesa. O "certo" e o
"errado", o "belo" e o "feio", são conceitos que, por
surgirem de forma tão subtil, todos afirmam raramente darem por eles. Esse "feio
belo", e o "belo" tantas vezes feio, é rapidamente explicável pela
natureza dos instrumentos, pelas suas peculiaridades de afinação, pela sua aparente ou
real incompatibilidade, assumida em pleno. Os elementos dos Arrefole afirmam ser apenas os
médium através dos quais os instrumentos se revelam - "São os instrumentos quem
verdadeiramente fazem música. São eles as estrelas!" - confessam. É como se os
instrumentos, dotados da sua própria riqueza musical, desejassem transparecer a sua
própria essência, dentro de uma teia harmónica que evolui com o tempo. O objectivo é
atingir uma sonoridade própria e coerente, sem nunca perder a simplicidade e a
naturalidade. São estes os argumentos para ver e ouvir, a propósito do encerramento do
ano lectivo de instrumentos populares na Portocéltico - uma associação do Porto que
conta com o apoio de Maria Xose Lopez, galega e com as credenciais inesquecíveis de
Muxicas e Anamoura - os projectos que integrou. Dia 17 de Julho, a partir das 21:30h na
Casa do Alto - Pedrouços, Maia. (14 de Julho)
Filipa Pais
ganha o Prémio José Afonso 2003
O Trabalho "À porta do Mundo" é o vencedor do Prémio José Afonso de 2003,
entre uma lista onde figuraram como nomeados os trabalhos de At-Tambur, Cristina Branco,
Fausto, Janita Salomé, Kátia Guerreiro, Mafalada Arnauth, Pedro Caldeira Cabral, Ricardo
Rocha, Sérgio Godinho e Ronda dos Quatro Caminhos. Este prémio, instituído pela Câmara
da Amadora selecciona os melhores álbuns originais de música portuguesa, editados em
cada ano. Nomes como Fausto, Vitorino, Sérgio Godinho, Júlio Pereira, José Mário
Branco, Amélia Muge, Vai de Roda, Né Ladeiras, Carlos do Carmo ou Gaiteiros de Lisboa
constam na galeria de vencedores de edições anteriores. O Prémio José Afonso é
decidido por um Juri constituído por personalidades ligadas à música, ao jornalismo e
à produção cultural: António Vitorino de Almeida, Carlos Pinto Coelho, Olga
Prats, Pedro Pyrrait, Fernando Magalhães e Viriato Teles. (13
de Julho)
"Ó da Guarda" Festival de Novas Músicas
A Câmara Municipal da Guarda promove, entre 12 e 18 de Julho de
2004, a 8ª edição do Festival de Novas Música "Ó da Guarda", um
festival inteiramente dedicado à improvisação e experimentalismo na área da música.
Nesta edição, os destaques vão para os concertos de Wadada Leo Smith e Ikue Mori no dia
16 de Julho, Rafael Toral no dia 17 e ZEV no dia 18 de Julho, todos os concertos
são no Auditório Municipal, pelas 21.30 horas. Wadada Leo Smith,
trompetista, compositor e improvisador norte-americano, é um dos músicos mais criativos
dos últimos 30 anos. Estudioso de culturas musicais como a africana, japonesa ou
indonésia, Wadada Leo Smith enveredou também pelo free-jazz, música improvisada e
electroacústica. Ikue Mori, por seu turno, fez parte da cena
vanguardista de Nova Iorque de final dos anos 70. Baterista e percussionista de recursos
técnicos imprevisíveis, Ikue Mori tem dedicado a sua carreira à experimentação de
novas linguagens musicais. Rafael Toral é guitarrista, produtor e
artista visual, começou a sua actividade em grupos pop-rock de vanguarda como os Pop
delArte, Tina and the Top Ten, No Noise Reduction. Mais tarde inicia uma carreira a
solo como pesquisador sonoro experimental. Stefan Weisser, mais conhecido
pelo seu alter-ego artístico ZEV, é simplesmente uma das figuras mais
emblemáticas de sempre do panorama das artes performativas audiovisuais e de vanguarda.
Percussionista, explorador de novas formas musicais (mistura cultura ancestral com as
correntes industriais, electrónicas e Media-Art), tem construído desde meados dos anos
70, uma carreira ímpar. Para além dos concertos, o Festival conta ainda com um Workshop
de Música Experimental que será orientado pelo português Albrecht Loops, no dia 17 .
Para ver ainda, na Mediateca VIII Centenário da Guarda, pelas 21.30 horas, no dia 12, o
documentário "The Work of Director Chris Cunningham", no dia 13 passa o vídeo
"Twelve Stories about John Zorn" e no dia 15 para ver ainda "Mostra da
Semana Internacional de Música Experimental de Barcelona Metrònom". (11 de Julho)
Aldina Duarte
apresenta "Apenas o Amor" em Almada
No próximo dia 24 de Julho, a fadista Aldina
Duarte irá apresentar o seu disco de estreia "Apenas o Amor" no Fórum
Municipal Romeu Correia em Almada. Aldina Duarte, fadista há dez anos, tem sido apontada
como a grande revelação de uma geração mais recente do fado, e o seu disco de estreia
tem obtido excelentes críticas nos meios especializados. A fadista é uma conhecida
letrista no meio do fado, tendo escrito poemas para vários outros fadistas, como Camané,
Joana Amendoeira, entre outros. Para além da experiência nas casas de fado, trabalha
também há anos como colaboradora em diversos projectos discográficos, a organizar e
divulgar obras que fazem parte da história da música portuguesa - e o fado,
naturalmente, representa uma boa parte deste espólio precioso. "Apenas o Amor"
é um disco à semelhança dos primeiros discos gravados pelos fadistas mais emblemáticos
da história deste género. A sua gravação foi feita em directo durante três tardes e
noites, entre a Casa de Fados "Senhor Vinho" (onde Aldina Duarte trabalha há
sete anos) e a Sala Estúdio "Amélia Rey Colaço" do Teatro Nacional D. Maria
II. Durante o concerto, Aldina apresentará os fados que compõem este seu disco, grande
parte deles poemas da sua autoria e com música do Fado tradicional. (10 de Julho)
Mísia: "Canto"
Tour em Évora
Eduardo Prado Coelho descreve e define desta forma "Canto" - o disco que Mísia
dedica à obra de Carlos Paredes: "Poderia não ter sido assim. Às vezes melodias
belíssimas podem não resultar quando cantadas noutros formatos. Às vezes uma voz densa
e inteligente pode não acertar no registo certo. Às vezes um notável poeta pode não
ter um sentido musical. Pegar em peças de Carlos Paredes, de textura complexa e com
requebros melódicos inesperados e desconcertantes, era um risco que apenas um
desejo profundo de homenagear um grande nome da cultura portuguesa poderia justificar.
Risco tanto maior quanto em muitos casos os ritmos estão já incorporados em nós, fazem
parte da melancolia e da tristeza com que por vezes nos habituámos a resistir à
morte." Para ver, numa das raras aparições entre nós, em Évora, dia 10 de Julho
(22h), no Palácio Cadaval - a propóstido do Festival Évora Clássica. (9 de Julho)
Livro "Fado
português. Songs from the soul of Portugal"
O livro "Fado português. Songs from the soul of Portugal"
do investigador norte-americano Donald Cohen, será apresentado na próxima quinta-feira,
dia 15 de Julho, em Lisboa. A apresentação ficará a cargo do Jornalista da Lusa Nuno
Lopes e acontecerá na Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa (Largo do Chafariz de
dentro), pelas 19:00 horas. (8 de Julho)
Homenagem a Carlos Paredes na vila de Tábua
O Guitarrista Rui Vinagre dedica uma noite de poesia e música ao grande mestre da
Guitarra Portuguesa, Carlos Paredes, num evento a acontecer no dia 23 de Julho, a partir
das 21:30h, na Biblioteca Municipal João Brandão. (7 de
Julho)
Filarmóniko 2004: 2º Encontro de Jovens Filarmónicos
A
Câmara Municipal do Fundão vai organizar de 19 a 24 de Julho o 2º Encontro de Jovens
Filarmónicos denominado "Filarmóniko 2004", coordenado por Gregg Moore, na
cidade do Fundão. Este encontro tem como objectivos a formação musical e criação de
um espectáculo musical. As inscrições estão abertas a 30 jovens oriundos de Bandas
Filarmónicas, que possuam dois anos de formação musical. Greeg Moore é Norte-americano
de nascimento, holandês de sentimento e alentejano por formação, tem uma ligação
desde há muito tempo com a música para teatro e fi lmes. Chegou à Europa em 1975 comum
grupo de teatro e a Portugal pela primeira vez no ano seguinte (1976). Na Holanda, e
durante 20 anos, fez parte de importantes grupos de música de jazz, música experimental,
reggae, blues e de folclore. Em Portugal ensinou na Escola de Música de Évora (EPMEV),
na Universidade de Évora e no Chapitô em Lisboa, tendo igualmente tocado e gravado com
Jorge Palma, Nuno Rebelo,Laurent Filipe, Cool Hipnoise e Ena Pá 2000. Em 1995 fundou os
Macacos de Rua de Évora como uma experiência para os alunos da EPMEV. Os Professores
são: Jean-Marc Charmier - trompete; Rui Goncalves - percussão; Alipio Carvalho Neto -
saxofones; Desiderio Lazaro - clarinetes; Gregg Moore - trombones, bombardinos, tubas,
composição. (6 de Julho)
Trebilhadouro: Uma
aldeia povoada de música
Há algum tempo que a pequena aldeia do Trebilhadouro, em Vale de Cambra, rodeada por um
imenso verde, está abandonada. Mas é precisamente nesse cenário tranquilo, salpicado
pelas poucas e velhas habitações de pedra, que há quatro anos a associação teatral
Rasgo e a câmara valecambrense organizam actividades que, por momentos, rompem com o
silêncio da localidade perdida no meio dos montes. E este ano não será excepção. A
quarta edição do Festival de Artes e Culturas Tradicionais do Trebilhadouro está já
alinhavada e terá lugar de 23 a 25 deste mês. Tal como nos anos anteriores, vão ser
montadas várias oficinas de artesanato, com gaita de foles e bombos, artigos de
tecelagem, couro e madeira, objectos voadores, papel reciclado, instrumentos de cana e
esculturas em pedra e madeira; e workshops de teatro, acrobacia, percussão, fantoches,
bonecos de cartão e danças russas, europeias e mirandesas. Yoga, massagem
"shiatsu", reflexologia dos pés, jogos tradicionais, pinturas faciais,
caminhadas e contos tradicionais à volta da fogueira são algumas das propostas do
festival, ao longo dos três dias. E também não faltará os comes e bebes. À
disposição do estômago haverá gastronomia variada, como caldo verde, papas de
serrabulho, feijoada, rojões, broa, fêveras grelhas e comida vegetariana. Por outro
lado, os dias e as noites serão animados pelo Teatro Regional da Serra do Montemuro, que
apresentará a peça "Carrada de Bestas", a banda de música "Imbolc",
o conjunto musical "Roldana Folk", o grupo de percussão "Tocándar" e
uma companhia teatral e de marionetas que actua sem texto, mas com muito ritmo. Há um
parque de campismo à disposição com água quente. A entrada para um dia custa cinco
"trebelhos" (euros) e 10 para os três dias. As crianças entram de borla."
Fonte: Jornal Público (5 de Julho)
Lançamento do CD "Ronda do Jarmelo" na Guarda
A Ronda do Jarmelo surgiu a partir de uma candidatura da Associação Cultural e
Desportiva do Jarmelo ao Projecto Emergências (lançado pelo Núcleo de Animação
Cultural da Câmara Municipal da Guarda). Formada por cerca de vinte intérpretes,
propõe-se recantar em grupo canções de outros tempos e partilhar um salutar espaço de
convívio. É um grupo essencialmente vocal, mas que não rejeita lançar mão a pequenas
percussões e a alguns objectos sonoros ligados ao Jarmelo. As opções musicais seguidas
pretendem remeter para um tempo em que as pessoas criavam os seus próprios divertimentos
e em que a participação colectiva deixava de lado a ideia de público. Sem rádio e sem
televisão, todos cantavam e dançavam. Todas as canções foram recolhidas em Terras do
Jarmelo, em Julho e Agosto de 2003, por Agostinho Silva, César Prata e Isidro Almeida. O
cd tem produção, arranjos e direcção musical de César Prata. O CD será apresentado
no dia 11 de Julho, na Guarda, às 17 horas. (4 de Julho)
Lisboa em Festa com os Lhasa de Sela
Quando Lhasa de Sela edita em 1998 o seu álbum de estreia "La Llorona", a maior
parte dos críticos não sabe o que dizer. Como definir esta cantora de 25 anos nascida
nos EUA de pai mexicano e mãe americana, residente no Québec (Canadá francófono), que
canta em espanhol sobre uma música sem nome, assombrada pelos blues, pelas músicas
ciganas, pelos ritmos sul-americanos, pelo cabaret ou pela country? Compararam-na a Billie
Holiday, Chavela Vargas, Björk, Tom Waits, Jacques Brel, mas Lhasa escapa a todas as
definições. Cresceu na carrinha da família, de um lado e do outro da fronteira
americano-mexicana, começou a cantar aos 13 anos em São Francisco, descobriu em
Montréal em 1991 o cúmplice ideal para a sua música, o guitarrista Yves Desrosiers, com
quem seguiu trabalhando após a aclamação de "La Llorona", culminando no
álbum editado em finais de 2003, "The Living Road". O registo perfeito da
itinerância que Lhasa soube transformar numa música inclassificável, teatro de sombras
e luzes que a transformou numa das mais estimulantes novas vozes da música global. É
"The Living Road" que Lhasa vem apresentar ao Forum Lisboa na noite de 7 de
Julho, parando por uma noite a sua vida de nómada para nos convidar a visitá-la no
interior da sua carrinha. Uma visita que merece ser aproveitada efusivamente. (3 de Julho)
Luar na Lubre
em Torres Novas
No próximo dia 9 de Julho, os Luar na Lubre vêm fazer a sua primeira apresentação no
nosso país do seu último trabalho "hai un paraíso", um trabalho que reflecte
uma certa galiza, na sua música, cultura e identidade. Espectáculo para verm em Torres
Novas - Palco da Relva (junto às piscinas), no dia 9 de Julho, a partir das 22:30h -
integrado nas Festas do Almonda. (2 de Julho)
Joe Giardullo e Carlos Zingaro: discurso transidiomático
Um ano depois, o saxofonista norte-americano Joe Giardullo e o violinista português
Carlos "Zingaro" voltam a encontrar-se, nas vésperas do lançamento do seu
primeiro disco conjunto, gravado ao vivo em 2003 na Mãe de Água, em Lisboa, cujo
título, como não podia deixar de ser, é uma homenagem ao espaço único onde actuaram:
«Mãe de Água» (Drimala Records, distribuição em Portugal pela Trem Azul). E o
reencontro acontece noutro local da cidade em que a água volta a estar presente, a
Patriarcal, um reservatório subterrâneo situado debaixo do belo jardim do Príncipe
Real. Outra oportunidade para os dois improvisadores cruzarem as suas muito pessoais
"visões" da música, Giardullo com o seu pós-free jazz claramente influenciado
pelos conceitos de "deep listening" recebidos da compositora electroacústica
Pauline Oliveros, com quem tem trabalhado, e "Zingaro" intervindo com o seu
característico discurso "transidiomático", em que reminiscências da linguagem
"clássica" que são o património do seu instrumento se mesclam com outros sons
e outras práticas, John Cage, Ornette Coleman e Jimi Hendrix a conviverem com Nicolò
Paganini, Bela Bartok e Chostakovich... Para cobhecer no Patriarcal Jardim do Príncipe
Real, em Lisboa, no dia 10 de Julho, a partir das 21:30h. (1
de Julho)